Desenvolvimento do produto tem menor impacto ambiental quando comparado a procedimentos convencionais
Por Maria Emília Zampieri — Redação Globo Rural
22/04/2023 08h01 Atualizado há 2 dias
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Proposta é que o corante seja utilizado em diversas áreas industriais, como alimentícias, têxteis e cosméticas Envato.
Cores vivas e geradas por meio de um processo ecológico é o que promete um novo corante natural desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) e da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp (Universade Estadual de Campinas/SP).
O produto é desenvolvido a partir de resíduos de casca de uva (que contém o componente antocianina, responsável pela coloração da fruta). A proposta é que seja utilizado em diversas áreas industriais, como alimentícias, têxteis, cosméticas, entre outras.
O pesquisador Maurício Ariel Rostagno, um dos responsáveis pela pesquisa, aponta que o corante natural se destaca por atingir pureza de 90% e ser capaz de garantir cores vivas e estáveis.
O processo para obtenção do produto final é considerado 100% ecológico, em função de seu baixo impacto ambiental, quando comparado a procedimentos convencionais.
De acordo com Rostagno, o método utilizado tem uso reduzido de água e etanol, além de diminuir o gasto energético. Além disso, apresenta bons índices quando avaliados quanto à contribuição para o processo de aquecimento global, formação de ozônio fotoquímico, acidificação do meio ambiente, toxicidade humana, ecotoxicidade, consumo de recursos fósseis e ambiente de trabalho.
Outro destaque é ser produzido a partir de compostos naturais que seriam descartados como adubo, gerando agora mais valor agregado à produção de uva.
“Trata-se de uma opção mais sustentável para o ambiente e mais saudável para as pessoas”, avalia Rostagno.
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Pesquisador Maurício Ariel Rostagno é um dos responsáveis pela pesquisa — Foto: Divulgação