Neste 12 de outubro, é celebrado o Dia Nacional do Engenheiro Agrônomo, o profissional que trabalha para impulsionar o protagonismo global do agronegócio

Por: AGROLINK –Aline Merladete

Neste 12 de outubro, é celebrado o Dia Nacional do Engenheiro Agrônomo, o profissional que trabalha para impulsionar o protagonismo global do agronegócio do país a cada safra. A data foi instituída quando a engenharia agronômica foi regulamentada como profissão, em 12 de outubro de 1933, pelo decreto 23.196/1933, do então Presidente da República Getúlio Vargas. A regulamentação da atividade é recente, mas o trabalho do profissional é secular, já que a agricultura está presente no mundo há mais de 10 mil anos.

No Brasil, a agronomia já era uma prática profissional desde o século XIX. A primeira escola profissionalizante no país foi fundada na Bahia, na comunidade de São Bento das Lages. De lá pra cá, a profissão passou por diferentes nomes, transformações e regulamentações, assim como o perfil do próprio agrônomo. Hoje, há universidades com o curso de Engenharia Agronômica em todas as regiões, formando profissionais para entender as dores e as necessidades dos produtores rurais, mas principalmente, levar a solução e a inovação para os desafios diários das lavouras.

Nas descrições dos cursos de graduação e até em conselhos de classe, a atuação do Engenheiro Agrônomo é composta por ser “responsável pelo manejo de diferentes culturas e conseguir planejar o cultivo de forma a garantir uma produção otimizada, indicando tecnologias e conhecimentos cientificamente embasados para a eficiência da atividade agrícola”. Mas este profissional vai muito além destas atribuições nesta missão de impulsionar o agronegócio brasileiro. 

Posso trazer aqui dezenas de atuações, e só nas que temos no time de Engenheiros Agrônomos da Brevant® Sementes, que somam mais de 750 profissionais, divididos em 20 áreas, há profissionais em vendas, marketing, orientação técnica, coleta de dados, pesquisa, controle de qualidade, padronização, fiscalização, produção, cadeia de suprimentos, manutenção e desenho técnico. Todos os cargos e funções tem um único objetivo: auxiliar o agricultor a maximizar a sua produtividade e rentabilidade, impulsionando o Brasil na produção mundial de grãos.

Todo o trabalho e esforço dos nossos Engenheiros Agrônomos, que antes de tudo, são pessoas e elementos fundamentais para a Brevant® Sementes e, juntos, colaboram para que clientes e parceiros atinjam o ápice de sucesso, são reconhecidos diariamente no campo. E posso comprovar. Segundo a pesquisa Farm Talk, da Kynetec, a Brevant® Sementes é a marca mais valorizada pelo agricultor brasileiro, pelo segundo ano consecutivo. Esse é um resultado considerável, visto que a Brevant® Sementes tem apenas cinco anos, completados recentemente. A conquista só foi possível graças às pessoas que estão formando e conduzindo a inovações pesquisadas e desenvolvidas pelos Engenheiros Agrônomos da marca para o agricultor.

No dia em que celebramos uma profissão – não querendo “puxar sardinha”, mas que é a mais importante do setor -, ver o protagonismo, a versatilidade de atuação e, principalmente, a engrenagem principal que o profissional é no agronegócio, elevando as safras brasileiras e o protagonismo do país na produção mundial de grãos e alimentos, é ainda mais extasiante pra mim. Com isso, vamos brindar as conquistas com diferentes bebidas, do suco de milho ao de soja, todas produzidas graças ao empenho dos agricultores e com o auxílio dos Engenheiros Agrônomos.

Enviado por Eder Arakawa é Engenheiro Agrônomo e Líder da Brevant®? Sementes para Brasil e Paraguai.

Um dos principais desafios enfrentados pelo mercado de exportações de carne bovina em 2023 foram os preços praticados pelos importadores

Por: AGROLINK –Aline Merladete

No mês de setembro de 2023, o mercado de exportações de carne bovina no Brasil enfrentou desafios significativos, resultando em uma queda de 24% na receita em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a movimentação totalizou 246.332 toneladas, registrando um crescimento de 6% em volume em relação a setembro de 2022.

Segundo informações divulgadas pela ABRAFRIGO, a receita gerada pelas exportações de carne bovina em setembro de 2023 alcançou US$ 1,003 bilhão, uma significativa redução em comparação aos US$ 1,322 bilhão registrados no mesmo período de 2022. Esse declínio na receita também se reflete no acumulado do ano, com uma queda de 23% até setembro de 2023.

Embora a receita tenha diminuído, o volume de carne bovina exportado apresentou um leve crescimento de 6% em setembro, atingindo 246.332 toneladas, em comparação com as 231.408 toneladas exportadas em setembro de 2022. No acumulado do ano, o aumento no volume foi de 0,4%, totalizando 1.758.014 toneladas, em comparação com as 1.750.740 toneladas de 2022.

Um dos principais desafios enfrentados pelo mercado de exportações de carne bovina em 2023 foram os preços praticados pelos importadores. Na China, o principal importador brasileiro, os preços médios caíram consideravelmente, registrando uma queda de 27,6% no acumulado até setembro. Os valores por tonelada passaram de US$ 6.700 em 2022 para US$ 4,850 em 2023. Isso também se refletiu na receita, que caiu de US$ 6,188 bilhões para US$ 4,173 bilhões, acompanhada por uma redução de 6,85% na movimentação.

Por outro lado, as importações dos Estados Unidos, o segundo maior importador de carne bovina brasileira, aumentaram em impressionantes 52,9% até setembro, subindo de 128.631 toneladas para 196.652 toneladas. No entanto, os preços médios caíram 36,5%, de US$ 5.680 por tonelada em 2022 para US$ 3.610 por tonelada até setembro de 2023, resultando em uma queda de 2,8% na receita, que foi de US$ 730,1 milhões para US$ 709,4 milhões. Outros importadores importantes, como o Chile e Hong Kong, também apresentaram variações em seus números. O Chile, terceiro maior importador, registrou um aumento de 32,1% na movimentação, passando de 57.622 toneladas em 2022 para 76.088 toneladas em 2023, acompanhado por um aumento de 27,3% na receita, que subiu de US$ 292 milhões para US$ 371,7 milhões. Hong Kong, na quarta posição, aumentou suas importações em 16%, mas a receita caiu ligeiramente, de US$ 264,6 milhões para US$ 262,8 milhões.

Por Comunicação Cocapec: 

“O agronegócio brasileiro em 2023 continua a ser um pilar da economia do País”

Por: AGROLINK –Leonardo Gottems

O agronegócio brasileiro teve um forte crescimento no primeiro semestre de 2023, com um aumento de 15,5% no PIB do setor em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, o PIB do agronegócio atingiu R$ 1,35 trilhão no primeiro semestre de 2023, em comparação com R$ 1,16 trilhão no mesmo período de 2022. Esse crescimento foi impulsionado pela recuperação da demanda global por commodities agrícolas, pelo aumento dos preços dos produtos agropecuários e pelas condições climáticas favoráveis.

“O agronegócio brasileiro em 2023 continua a ser um pilar da economia do País, impulsionando o crescimento e enfrentando desafios de maneira determinada. Com um compromisso crescente com a sustentabilidade e a inovação, o setor está bem-posicionado para enfrentar o futuro e continuar a desempenhar um papel fundamental na alimentação do mundo”, afirma a economista e professora da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Nadja Heiderich.

A professora destaca que a sustentabilidade continuará sendo uma prioridade no Brasil, devido às metas ambientais e às expectativas dos consumidores conscientes. A tecnologia desempenhará um papel essencial, com sistemas de agricultura de precisão e integração de dados para aumentar a eficiência. No entanto, desafios persistem, incluindo a necessidade de melhorar a infraestrutura logística para exportação e a preocupação com questões ambientais, como o desmatamento na Amazônia, que requerem esforços contínuos de conservação.

“No entanto, desafios persistem, incluindo a necessidade de investir em infraestrutura logística para garantir o transporte eficiente dos produtos agrícolas para os mercados internacionais. Questões ambientais, como o desmatamento na Amazônia, continuam a atrair a atenção global e exigem esforços contínuos de conservação”, acrescenta.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou na segunda-feira (9) o nome do produtor rural Guilherme Piai Silva Filizzola como novo secretário de Agricultura e Abastecimento do estado. Ele substitui Antônio Júlio Junqueira, que pediu demissão na semana passada por motivos pessoais e políticos. Piai é filiado ao mesmo partido de Tarcísio, o Republicanos, mas sua indicação é vista como uma escolha pessoal do governador.

A mudança no comando da Secretaria da Agricultura é a primeira troca no primeiro escalão do governo Tarcísio em 10 meses de gestão. O governador disse que escolheu Piai por sua experiência no setor agrícola e por sua capacidade de gestão pública. “Ele é um profissional competente, que conhece os desafios e as oportunidades da agricultura paulista. Tenho certeza de que ele fará um excelente trabalho à frente da secretaria”, afirmou Tarcísio em nota oficial.
Piai tem 33 anos e é natural de Presidente Prudente (SP). Ele é formado em administração de empresas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), com pós-graduação em gestão pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele é produtor rural desde 2012 e atua na área de pecuária leiteira e agricultura familiar. Antes de ser nomeado secretário-executivo da pasta em setembro deste ano, ele foi diretor do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) entre 2019 e 2021.
A nomeação de Piai, deve ser oficializada nos próximos dias pelo governador Tarcísio. Ele terá alguns desafios à frente da secretaria como o fortalecimento da agricultura familiar e orgânica, e a promoção da sustentabilidade ambiental nas atividades rurais. Acreditamos que a relação de Piai será muito boa com os produtores, os sindicatos, os parlamentares e os demais órgãos do governo.
Foto Revista Agro S/A

Ação é bastante conhecida.

Por: AGROLINK –Leonardo Gottems

O relatório do Itaú BBA identifica oportunidades de lucro com ações da BRF (BRFS3), BB Seguridade (BBSE3) e Vibra (VBBR3). No caso da BRF, o analista Fabio Perina sugere que o preço atual, de R$ 10,68, está perto do preço de gatilho. Se a ação fechar acima de R$ 10,71, existe potencial para uma valorização superior a 65%. No entanto, se o preço cair para R$ 8,08, a recomendação é vender a ação.

No caso da ação da BB Seguridade, cujo fechamento na última semana foi de R$ 32,07, a ação se aproximou do preço de gatilho de R$ 32,23. Se a cotação fechar acima desse nível, o analista acredita que a ação pode atingir um próximo objetivo de R$ 34,05, seguido por um patamar de R$ 36,35, o que representaria um ganho de quase 13%. O relatório fornece sugestões de operações de compra com um horizonte de tempo de 3 semanas a 3 meses, com base em análise gráfica, e os valores entre parênteses indicam os percentuais de valorização nas operações.

As ações destacadas incluem BB Seguridade (BBSE3), que fechou em R$ 32,03 e se aproximou do preço de gatilho de R$ 32,23, com metas de R$ 34,05 e R$ 36,35, representando ganhos potenciais de 5,65% e 12,8%, respectivamente. A BRF (BRFS3) a R$ 10,68 tem um preço de gatilho de R$ 10,71, com objetivos de R$ 13,45 e R$ 17,75, possibilitando um aumento de até 65,7%, mas com um stop em R$ 8,08. Outras ações mencionadas incluem Suzano (SUZB3), Vibra (VBBR3) e Sabesp (SBSP3), com metas de preço e percentuais de valorização associados. As informações foram divulgadas pelo portal especializado inteligenciafinanceira.com.br.

Por Notícias Agrícolas, via ABIC: 

Postado em: 10/10/23

A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) pela primeira vez realiza um campeonato voltado para classificadores e mestres de torra. O 1º Campeonato ABIC de Blends de Café marca as festividades de seu 50º aniversário e o novo Protocolo Brasileiro de Avaliação Sensorial de Cafés Torrados da instituição. O evento inédito visa impulsionar e enaltecer o conhecimento relacionado à criação de blends de café, uma habilidade fundamental para torrefações de todos os portes. Além disso, a iniciativa busca reconhecer o trabalho de classificadores, degustadores e mestres de torra responsáveis por blends que cativam os apreciadores de café. As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas até o dia 15.

O Campeonato será composto por duas etapas, sendo a primeira sediada em São Paulo nos dias 25 e 26 de outubro. A etapa final ocorrerá no 29º ENCAFÉ, de 15 a 19 de novembro, no Vila Galé, em Alagoas. A ABIC assumirá, integralmente, os custos da participação dos finalistas na decisiva. O vencedor ou vencedora receberá um prêmio de R$ 5mil. A Carmomaq, empresa com três décadas de história dedicada à produção de equipamentos de torra e moagem de café, será a máquina de torra oficial do evento, que conta também com patrocínio da Cooxupé e da Pressca.

Democratização dos Cafés do Brasil

Segundo Pavel Cardoso, Presidente da Associação, um dos propósitos do Campeonato, o primeiro do tipo no Brasil, é fomentar a democratização dos cafés brasileiros: “Buscamos evidenciar como todas as categorias do produto podem ser empregadas para proporcionar uma experiência sensorial distinta aos paladares da população”. A expectativa é que essa edição do campeonato conduza a futuros torneios, promovidos pela ABIC e pautados em seus protocolos, conferindo maior destaque a baristas, torradores e classificadores.

Novo protocolo da ABIC será mostrado na prática

Um dos organizadores do evento, Leandro Paiva, professor de Indústria e Qualidade de Café no Instituto Federal Sul de Minas, ressalta a importância da iniciativa da Associação para o setor: “A ideia consiste em enaltecer o trabalho essencial dessas pessoas, que interpretam a qualidade do café em diversas formas, resultando em uma bebida agradável disponível para os consumidores”.

Outro aspecto do projeto é destacar o novo Protocolo Brasileiro de Avaliação Sensorial de Cafés Torrados da ABIC e sua aplicação: “Buscamos esclarecer as novas categorias de café para que todo o setor compreenda as exigências específicas de cada tipo, aprimorando assim o atendimento ao público final”. A proposta visa realizar essa apresentação de forma envolvente, reunindo empresários e compradores para introduzir essa nova fase do setor.

Vagas são limitadas

As inscrições são limitadas a 100 participantes, sendo que 20 serão sorteados para garantir vaga. As inscrições podem ser realizadas no site da ABIC.

Os 12 primeiros sorteados serão os concorrentes oficiais do campeonato, enquanto os 8 restantes ficarão em uma lista de espera, prontos para ocupar uma vaga caso alguma seja liberada. O sorteio está programado para 18 de outubro, às 11h, e será transmitido ao vivo pelo Instagram @abiccafe, com a utilização do site https://sorteador.com.br/.

POR CARLOS HENRIQUE JORGE BRANDO

À medida que a produção de cafés fermentados aumenta, cresce também o debate sobre tê-los ou não em uma categoria diferente nos concursos de qualidade. O mesmo tipo de debate já aconteceu anteriormente, primeiro quando o Cereja Descascado (CD) foi introduzido no Brasil, nos anos 90, e posteriormente quando chegou aos outros países, onde é conhecido como “honey”.  

Atualmente, existem concursos que tratam os cafés processados por métodos diferentes – Natural, Cereja Descascado (CD)/Honey e Lavado – juntos ou separadamente. Como tratar os cafés fermentados? 

Apesar do que eu chamo de “um novo mundo do processamento”, com naturais sendo  produzidos em países tradicionalmente produtores de café lavado e vice-versa, e cafés  fermentados produzidos em todo lugar, há, ainda, em muitos países, um entendimento de que seus concursos de qualidade devem envolver principalmente cafés naturais ou lavados. Essa  imagem foi primeiro ameaçada com a chegada dos Cerejas Descascados (CDs)/Honeys, que hoje são tratados como uma categoria diferente em muitos concursos de qualidade no Brasil. 

A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) anunciou que o concurso brasileiro Cup of  Excellence 2023 terá três categorias: via seca, via úmida e experimental, esta última referindo-se a cafés fermentados. No entanto, este ainda é um assunto debatido em outros concursos brasileiros de qualidade, com uma divisão significativa que posiciona organizadores e provadores de café de ambos os lados. 

Com base na minha experiência de observar sessões de prova de café no exterior e no Brasil, e  de conversar com provadores e organizadores nesses lugares, estou mais alinhado com a ideia de ter cafés fermentados como uma categoria própria. Justifico essa opinião baseado na polarização entre “amantes” e “inimigos” dos cafés fermentados que tenho presenciado nesses eventos. Temo que esta polarização possa causar parcialidade na avaliação dos cafés por parte destes provadores em concursos que tenham vários tipos de processos juntos a ponto de suas avaliações serem consideradas “outliers” em casos extremos. 

Os concursos de qualidade são geralmente relacionados ao negócio de cafés especiais e os lotes ganhadores são vendidos principalmente como de origem única aos consumidores que são, antes de tudo, sensíveis às características da xícara, mas podem conhecer os métodos de processamento. Se as características da xícara vêm primeiro, e eu entendo, “de ouvir falar”, que os cafés fermentados têm aromas e sabores próprios, eles deveriam ser identificados como tal e tratados separadamente em concursos de qualidade. Se pode ser mais fácil para um consumidor “inexperiente” identificar um café fermentado que diferenciar entre naturais,  Cerejas Descascados (CDs)/Honeys e cafés lavados, há ainda uma razão mais forte para tratar  os cafés fermentados separadamente em um concurso de qualidade para evitar que a  fermentação oculte as características típicas de outros métodos e confundam o processo de  avaliação… e o consumidor de café especial! 

Extrapolando, hoje existe uma tendência de não esperar que robustas tenham o mesmo sabor que arábicas, ou que o café solúvel tenha o mesmo sabor que o café torrado e moído. Em outras palavras, eles deveriam ser tratados como produtos diferentes com suas próprias características específicas. Não deveriam os cafés fermentados serem tratados da mesma maneira?  

Finalmente, como leigo no assunto, minha pergunta que não quer calar é se alguns tipos de fermentação podem deixar arábicas e robustas parecidos na xícara. Esta pergunta é para os especialistas responderem… embora eu tenha presenciado isto em pelo menos uma sessão de prova de café com alguns deles. Se a resposta for sim, pelo menos em alguns casos, esta é, ainda, outra razão para considerar cafés fermentados uma categoria própria, tanto em concursos de qualidade, como na comunicação aos consumidores. 

Desafios e oportunidades para propriedades leiteiras

Por: AGROLINK –Aline Merladete

A produção de leite em uma propriedade leiteira está intrinsecamente ligada à nutrição adequada dos animais, que busca o equilíbrio entre a oferta de volumosos e concentrados. A alimentação dos animais desempenha um papel crucial e representa uma parcela significativa dos Custos Operacionais Efetivos (COE) anuais do produtor, variando entre 40% e 60%, dependendo da região e do sistema produtivo adotado.

De acordo com dados divulgados pelo Cepea, a safra 22/23 apresenta desafios específicos para as propriedades leiteiras. As condições climáticas, a disponibilidade de recursos e os custos de produção podem influenciar significativamente o fornecimento de alimentos aos animais. Garantir uma dieta balanceada durante esta safra é fundamental para manter a produtividade do rebanho.

À medida que nos aproximamos da safra 23/24, surgem oportunidades para otimizar a alimentação do rebanho. Os produtores podem considerar a diversificação das fontes de alimentos, o uso de tecnologia de nutrição animal avançada e estratégias para reduzir os custos de alimentação sem comprometer a qualidade do leite produzido.

Manter os animais bem nutridos é essencial para garantir sua saúde e bem-estar, além de impactar diretamente na qualidade e quantidade de leite produzido. Os produtores devem buscar o equilíbrio certo entre volumosos, como silagem, e concentrados para atender às necessidades nutricionais de seus rebanhos.

 Muitas vezes, a assessoria de especialistas em nutrição animal pode ser valiosa para auxiliar os produtores na tomada de decisões relacionadas à alimentação. Esses profissionais podem ajudar a criar planos alimentares específicos para cada propriedade, levando em consideração as condições locais e os objetivos de produção. A safra 22/23 e a safra 23/24 de silagem representam momentos críticos para as propriedades leiteiras. O manejo da alimentação dos animais é uma parte fundamental do sucesso da produção de leite. 

De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, foram realizados 617.547 contratos no período de três meses do ano agrícola

Por: AGROLINK –Seane Lennon

O desembolso do crédito rural nos três primeiros meses do Plano Safra 2023/2024 chegou a R$ 147 bilhões, aumento de 11% em relação a igual período da safra passada. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação perto de R$ 90 bilhões. Já as concessões das linhas de investimentos totalizaram R$ 23,7 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 17,5 bilhões e as de industrialização, R$ 15,9 bilhões.

De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram realizados 617.547 contratos no período de três meses do ano agrícola, sendo 444.077 no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e 82.572 no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).

Os valores concedidos aos pequenos e médios produtores em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) foram, respectivamente, de R$ 20,8 bilhões no Pronaf e de R$ 23,2 bilhões no Pronamp.

Os demais produtores formalizaram 90.898 contratos, correspondendo a R$ 103,1 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras.

Nos financiamentos agropecuários para investimento, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (ModerAgro) teve contratações de R$ 603 milhões, significando um aumento de 18% em relação a igual período na safra anterior. E os financiamentos para o programa Pronamp alcançaram R$ 1,9 bilhão, alta de 34%.

Já os financiamentos Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro Giro), R$ 323 milhões, alta de 113% quando comparado ao igual período na safra anterior.

Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos livres equalizáveis nas contratações teve destaque nos meses de julho, agosto e setembro, com R$ 5,9 bilhões, significando um aumento de 279% em relação a igual período da safra anterior, sinalizando uma maior utilização de recursos das instituições financeiras colocadas à disposição para equalização dentro do Plano Safra.

O secretário substituto de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, destacou a contribuição da fonte não controlada da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) para o funding do crédito rural, que respondeu por 47% do total das aplicações da agricultura empresarial no primeiro trimestre da safra atual, se situando em R$ 59,2 bilhões, com aumento de 69% em relação a igual período da safra passada.

Os valores apresentados são provisórios e foram extraídos no dia 4 deste mês, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.

Dependendo da data de consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira, podem ser observadas variações dos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.

Fonte: MAPA