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novembro 25, 2024
Política Rural

Plano Agropecuário deve atender produtores de aves prejudicados pela greve

Numa entrevista em São Paulo, durante o Fórum de Investimentos Brasil 2018, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) admitiu que poderá atender necessidade de crédito dos produtores de aves que tiveram prejuízo com a greve dos caminhoneiros. O recurso, segundo o ministro, deverá ser direcionado dentro do Plano Agrícola e Pecuário (PAP), a ser anunciado na próxima semana.

“Temos um plano safra bastante grande. E é claro que o ministério tem na sua atribuição fazer política agrícola. Se nesse momento, for importante deslocar algum recurso para as cooperativas, para os produtores se reorganizarem, em detrimento até de um novo projeto de investimento, faremos isso, sem nenhum problema”.

“Algumas áreas perderam muito plantel e o plantel é o capital do produtor”, observou, acrescentando que em alguns casos, foi retardado o processo de crescimento das aves, administrando apenas milho, sem o acelerador de crescimento.

A falta de estoque de suprimentos nas granjas, de acordo com o ministro é comum no mundo inteiro. “O sistema é just in time. Não tem estoque. E é assim que funciona no mundo todo”. Maggi destacou que “ninguém vai dar nada de graça para ninguém. Mas também tudo o que aconteceu não foi provocado por má gestão ou por falta de providências imediatas”.

A utilização do Plano Agrícola e Pecuário para remanejar recursos é colocada como única alternativa de espaço fiscal para atender ao setor. “Com o teto de gastos que temos, para colocar algo, outro tem que sair, e a política agrícola vai seguir isso também com muito cuidado”.

Além da reunião com representantes do setor, a liberação de cargas que ainda acontece no dia de hoje em rodovias de importantes estados produtores como o Mato Grosso e Goiás, permitirá dimensionar melhor as necessidades dos produtores, observou.

O ministro considerou a greve um episódio fora da curva, que não atrapalha investimentos no país. “A gente vive num país livre, democrático. Agora tem que juntar os dados, aprender a lição de tudo o que aconteceu e seguir em frente”.

“Participamos de um mercado de produção de alimentos de mais de 150 países e as pessoas conhecem a qualidade do produto brasileiro, sabem da regularidade do fornecimento”, frisou. “Acho que o mais importante é que, apesar do que aconteceu, o país estará presente no mercado, no ano que vem, daqui dez anos, 20 anos, e é isso que faz com que o país seja atrativo para investimentos”.

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