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novembro 1, 2024
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Produtor gastou R$ 8,3 bi com fungicidas em 2016/17, diz Cepea

Somente com a soja foram investidos R$ 8,3 bilhões; 96% do total foi para o controle da ferrugem

O custo de produção da soja com fungicidas alcançou R$ 8,3 bilhões, sendo 96% só para o controle da ferrugem da soja; de R$ 6,2 bilhões em inseticidas e de R$ 4,8 bilhões em herbicidas, somando R$ 19,3 bilhões na safra 2016/17. Esse valor correspondeu a 16,5% do custo total com a produção de soja no país naquela safra – que alcançou R$ 117 bilhões. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (22/5) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), com base em estudo feito pelo centro em parceria com Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef).

O estudo monitorou a evolução da ocorrência das principais pragas e doenças que atingiram as culturas de soja, milho e algodão nas safras 2014/15, 2015/16 e 2016/17 e os respectivos impactos econômicos para os produtores e para o país, informou o Cepea, em nota. Além disso, o Cepea simulou uma situação em que os produtores não utilizassem fungicida para controlar a ferrugem. Embora isso trouxesse economia de R$ 5,75 bilhões no agroquímico, a quebra na safra de soja não compensaria, pois alcançaria por volta de 30%. “Supondo que os produtores pudessem compensar essa perda em produtividade, expandindo a área cultivada, gastariam R$ 33 bilhões em recursos adicionais para custear um aumento de quase 1/3 na área produtiva nacional”, diz o Cepea, referindo-se a custos que envolvem apenas terra, trabalho e capital privados e não abertura de novas áreas, além de infraestrutura e logística. Para o país, em termos macroeconômicos, isto implicaria na queda de 30% em volume exportado, equivalente a perdas de US$ 4,5 bilhões em faturamento externo para os produtos do complexo da soja.

Pesquisadores do Cepea estimam, ainda, que o aumento de 22,9% nos preços da soja, devido à perda na produção, teria um impacto de 0,57 ponto porcentual no IPCA geral de 2017. Ou seja, o IPCA passaria de 2,95% para 3,52%. Este mesmo raciocínio aplicado ao IPCA de alimentos, implicaria variação de 1,03 ponto porcentual no índice, ou seja, saltaria de -1,87% para também negativos -0,84% no ano de 2017.

O estudo na íntegra, incluindo impactos econômicos do não tratamento da lagarta Spodoptera na cultura do milho e do bicudo no algodão pode ser obtido.

Fonte: Globo Rural

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