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novembro 1, 2024
Agricultura

Produção mundial de café para safra 2023-2024 totaliza 171,4 milhões de sacas de 60kg

Safra dos cafés da espécie Coffea arabica soma 97,3 milhões de sacas (56,7%) e de Coffea canephora 74,1 milhões de sacas (43,3%)

A produção total de café em nível mundial estimada para a safra 2023-2024 atingiu o volume físico equivalente a 171,4 milhões de sacas de 60kg. Como parte desse volume, a safra dos cafés da espécie de Coffea arabica (café arábica) foi calculada em 97,3 milhões de sacas, que correspondem a 56,7%, e, adicionalmente, a de Coffea canephora (robusta+conilon) 74,1 milhões de sacas, as quais representam 43,3% do total geral mundial.

Com base nestes dados, vale estabelecer um comparativo do total da produção mundial das duas espécies de cafés desta safra em referência, especificamente no caso presente desta análise e divulgação, somente dos três países maiores produtores de cafés do mundo, que são o Brasil, o Vietnã e a Colômbia, cujo somatório das respectivas safras totaliza o equivalente a 97,08 milhões de sacas de 60kg, volume físico que representa 57% da safra mundial prevista.

Assim, analisando em detalhes a produção de café desses três países, no contexto do cenário da produção cafeeira mundial, constata-se que a safra total dos Cafés do Brasil foi estimada em 58,08 milhões de sacas de 60kg, as quais representam em torno de 34% da produção global. Tais números confirmam que o Brasil lidera de forma absoluta a produção mundial de café há várias décadas.

Complementando esta análise, verifica-se que na segunda posição desse ranking destaca-se o Vietnã, cuja produção foi estimada em 27,5 milhões de sacas, volume que representa 16% da safra mundial. E, por fim, a Colômbia figura em terceiro lugar, com previsão de colher 11,5 milhões de sacas de café, safra que representa em torno de 6,7% do total estimado para a safra global 2023-2024.

Antes de prosseguir com esta avaliação da performance dos três países que mais produzem cafés no mundo, vale destacar que os dados em tela foram obtidos do Sumário Executivo do Café – Abril 2024, estudo que é elaborado e divulgado mensalmente pelo Departamento de Análise Econômica e Políticas Públicas – DAEP, da Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA.  

Tal estudo, que também é divulgado mensalmente na íntegra pelo Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café, contempla vários tópicos relevantes do setor cafeeiro, como: ‘Oferta e Demanda Café Verde’, e, neste caso, aborda a produção do mundo, detalhando a do Vietnã e da Colômbia, e, adicionalmente, no quadro Café Total (Arábica+Robusta), a safra do Brasil. Traz ainda os quadros ‘Comparativos de área, produtividade e produção’, e, mais que isso, a ‘Evolução mensal das exportações e importações brasileiras de café’, ‘Estoques’, ‘Preços mínimos de garantia’, além de outros dados importantes de interesse do setor cafeeiro que merecem ser conferidos.

Expandindo esta análise comparativa da produção destes três países em foco, neste caso específico por espécie de cafés, primeiramente do C. arabica, a qual foi estimada em nível mundial em 97,3 milhões de sacas de 60kg para a safra 2023-2024, verifica-se que a produção do Brasil representará perto de 42% da produção mundial.

E, na sequência desse ranking, como a produção da Colômbia foi estimada em 11,5 milhões de sacas, tal performance produtiva equivalerá em torno de 12% da safra global. Por fim, como o Vietnã produzirá apenas 900 mil sacas de C. arabica, esse desempenho corresponderá a menos de 1% do total mundial.

Por fim, complementando esta análise comparativa da produção dos três países em destaque, neste caso com a dos cafés da espécie C. canephora, cuja safra global foi estimada em 74,1 milhões de sacas de 60kg, como o Vietnã produzirá 26,6 milhões de sacas, tal safra corresponderá a 36% da mundial e tendo em vista que a safra do Brasil dessa mesma espécie foi estimada em 17,33 milhões de sacas, constata-se que a produção brasileira representará em torno de 24% da global. Finalmente, haja vista que a Colômbia não produz essa espécie de café, não há como estabelecer o comparativo em tela.

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