25.5 C
Franca
novembro 25, 2024
Agricultura

Cancro cítrico aumenta 28% nos laranjais de São Paulo e Minas Gerais

Levantamento do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) divulgado nesta quarta-feira (31/7), aponta que a incidência do cancro cítrico cresceu 28% entre 2018 e 2019 nas laranjeiras do cinturão citrícola de São Paulo e sudoeste de Minas Gerais e Triângulo Mineiro. Os dados mostram que a incidência saiu de 11,71% para 15,01% de plantas com sintomas. Em 2017, era de apenas 8,68%, ou seja, avançou 73% em dois anos.

De acordo com o pesquisador do Fundecitrus Renato Bassanezi, o aumento era esperado, pois o cancro cítrico se disseminou em São Paulo após o Estado adotar, em 2017, o status fitossanitário de Área Sob Mitigação de Risco (SMR). Esse status permite a manutenção de plantas com sintoma nos pomares em vez da erradicação adotada no passado.

“O cancro cítrico pode causar perdas de até um terço da produção, por isso, a combinação de aplicações de cobre, implantação de quebra-vento e controle do minador dos citros (inseto que danifica folhas e permite a entrada da bactéria da doença), é fundamental para produzir frutas sem sintomas e para reduzir danos. Quando são adotadas as medidas de mitigação de forma rigorosa, é possível ter alta produtividade e produção, pois os impactos do cancro cítrico são reduzidos”, informou.

As regiões de Votuporanga, com 71,43%, e São José do Rio Preto, com 39,32%, são as com maior incidência do cancro. As regiões de Itapetininga e Altinópolis, ambas com 0,38%, são as com menos incidência.

O cancro cítrico é causado pela Xanthomonas citri e atinge todas as espécies e variedades comerciais de citros. Transmitida pelo ar, homens, mudas, veículos e até mesmo pelas chuvas, a bactéria causa perda de folhas nas plantas, lesões e quedas prematuras de frutos, com restrição ao comércio de frutas.

CVC

Já a incidência da Clorose Variegada dos Citros (CVC), também conhecida como “amarelinho”, ficou praticamente estável entre 2018 e 2019 e variou de 1,30% para 1,71% das plantas avaliadas no levantamento do Fundecitrus. A CVC foi identificada pela primeira vez no mundo em pomares paulistas, em 1987, e até o início deste século a doença estava em 40% das plantas, com pico de 43,8% incidência em 2004.

A queda da incidência da CVC é atribuída principalmente ao controle químico intenso feito nos pomares para o combate ao greening, principal praga dos pomares. A ação do inseticida no transmissor do greening também controla a população de cigarrinhas, vetores da CVC.

Causada pela bactéria Xyllela fastidiosa, a doença é transmitida por mais de uma dezena de espécies de cigarrinhas. Os insetos se alimentam do xilema, o tecido condutor da planta, adquirem as bactérias e transmitem para outras laranjeiras. A ação da bactéria torna os frutos duros e improdutivos.

Fonte: Globo Rural

Related posts

Soja: demanda firme e recuo dos negócios mantêm preços em alta

Fabrício Guimarães

Workshop define estratégia de posicionamento da marca Cafés Vulcânicos de Poços de Caldas (MG)

Fabrício Guimarães

Colheita de café do Brasil começa e deve crescer 13% em 23/24

Fabrício Guimarães

Deixe um comentário

Usamos cookies para melhorar sua experiência no site. Aceitar Leia Mais