Os executivos afirmam que a tokenização facilita o barter.
Uma startup argentina chamada Agrotoken, que tokeniza commodities agrícolas, está implementando suas atuações no Brasil enquanto abre um novo escritório em São Paulo. Sendo assim, a empresa de tecnologia pretende realizar a primeira emissão oficial de tokens no país. As informações são do infomoney.com.br.
Os tokens, que são ativos digitais em blockchain que representam outros ativos, virtuais ou reais, representarão aqui produtos agrícolas como milho, trigo e soja. Cada unidade do token, que tem o mesmo nome da empresa, equivale a uma tonelada de grãos vendida e entregue pelo produtor a um armazém.
De acordo com Anderson Nacaxe, diretor da Agrotoken no Brasil, a companhia garante a liquidez dos ativos digitais e permite que os usuários recebam o pagamento sempre que quiserem vendê-los. Nesse contexto, os executivos afirmam que a tokenização facilita o barter, que é um processo já bastante utilizado no agronegócio, onde os produtores utilizam a própria produção para conseguir crédito ou até mesmo pagar por produtos.
Recentemente, Nacaxe explicou que 10 mil toneladas de produtos foram tokenizadas em operações de teste no Brasil e, dessas operações, 8 mil toneladas apenas na semana passada, na abertura da operação local. Sendo assim, a empresa já possui cinco hubs para unir revendedores e compradores de grãos, todos no Mato Grosso, e projeta tokenizar um milhão de toneladas no país em 2023.
“Transformamos os grãos em um ativo digital, para armazenar ou trocar por insumos, serviços e outros ativos. Os Agrotokens permitem a realização de transações comerciais e financeiras com lastro em grãos. Seu valor é relacionado ao preço dos grãos de soja (SOYA), milho (CORA) e trigo (WHEA)”, diz a empresa em seu site.