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julho 27, 2024
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Selo de Pureza ABIC completa 30 anos

Em 30 de agosto de 1989, a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) lançou o Selo de Pureza ABIC, atualmente um case de sucesso e exemplo para diversos países produtores. Ele foi responsável pela redução da fraude e adulteração do café no País, além de ter impulsionado o aumento do consumo interno.

Custeado pelas indústrias, o programa de autorregulamentação realiza aproximadamente cinco mil análises por ano, monitorando mais de 1.100 marcas de café em todo o território nacional.

Estampado nas embalagens das marcas que comprovadamente, após análise laboratorial, são produzidas 100% com grãos de café, o Selo de Pureza é um divisor de águas na história da indústria de café no Brasil.

Histórico

O cenário nos anos 1970 e 1980 era ruim. O consumo per capita, que em 1965 era de 4,72 quilos de café torrado e moído por habitante/ano, caiu para 2,27 quilos em 1985. Assim perceberam que o brasileiro estava deixando de lado o café por causa da baixíssima qualidade e do alto índice de fraudes.

Uma pesquisa de opinião feita pela Vox Populi, em 1987, mostrou que 67% dos entrevistados achavam que o café bom era exportado e o pior ficava para consumo interno.

Quando o Selo de Pureza foi implantado, mais de 30% das marcas analisadas e comercializadas em todo o País burlavam a legislação, ou com elevado percentual de impureza (cascas e paus que são colhidos junto o café na lavoura) ou com adição de outras substâncias.

Compromisso permanente

O cenário mudou ao longo dos anos e a ABIC afirma que as marcas fraudadas e impuras no mercado diminuíram significativamente. Os consumidores responderam as ações e hoje o Brasil é considerado o segundo mercado consumidor no mundo.

Em 2004, viriam a se juntar novas certificações ao Selo de Pureza, como o Programa de Qualidade do Café (PQC), que passou a trabalhar o mercado em categorias de produtos (Extraforte, Tradicional, Superior e Gourmet); e o Programa Cafés Sustentáveis do Brasil (PCS). A ABIC criou também um programa dirigido aos organismos públicos, o Nível Mínimo de Qualidade (NMQ), cujo objetivo é sensibilizar os órgãos governamentais para que, nas licitações, não se use apenas o critério de menor preço.

Todas essas ações, iniciadas com o Selo de Pureza, primeiro programa setorial de certificação de qualidade de alimentos no Brasil, resultaram em um crescimento do mercado.

Fonte: EQUIPE CAFÉPOINT

 

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