Para 2025, a ABPA espera crescimento nas duas proteínas
A produção de carne de frango do Brasil deve ficar entre 14,9 milhões e 15 milhões de toneladas em 2024, alta de até 1,1% no comparativo anual, estimou nesta quinta-feira (12/12) a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Deste total, 9,7 milhões de toneladas foram destinadas ao mercado interno, volume quase equivalente ao total referente a 2023, que estava em 9,694 milhões de toneladas. O consumo per capita deverá ficar em 45,6 quilos, índice 1,1% acima do registrado no ano passado.
Para o ano que vem a perspectiva de produção nacional é mais otimista, entre 15,2 milhões e 15,3 milhões de toneladas. Se confirmada, será um aumento de até 2,7% comparado a 2024.
O consumo per capita de frango foi estimado em 46,6 quilos (+2,2%) para 2025.
A exportação, por sua vez, tende a crescer até 3,1% neste ano, atingindo em torno de 5,3 milhões de toneladas. Para 2025, o crescimento teria menor intensidade, em até 1,9%, com o embarque de até 5,4 milhões de toneladas.
“O quadro econômico brasileiro deverá manter sustentados os níveis de consumo no mercado interno, apoiados pela manutenção da competitividade do setor”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
“Já no cenário externo, são esperadas novas aberturas de mercados na América Central e em países da África, além do reforço dos embarques para outras nações da América Latina e Ásia, o que deve ampliar a diversificação de destinos para os nossos produtos”, acrescenta.
Ovos
A produção nacional de ovos deverá alcançar 57,6 bilhões de unidades em 2024, número 9,8% maior em relação ao ano anterior, estimou a ABPA.
O consumo per capita chegará a 269 unidades em 2024, volume 11,2% maior em relação ao registrado no ano anterior.
Já as exportações do setor deverão alcançar 18 mil toneladas, queda 29,5% no comparativo anual.
Para 2025, o setor projeta produção de 59 bilhões de unidades (+2,4%), com consumo per capita de até 272 unidades (+1,1%) e embarques de 21 mil toneladas (+16,7%).
Para Santin, há expectativas otimistas sobre o incremento dos níveis de consumo de ovos no Brasil, o que reforça a consolidação da proteína como item básico de consumo no país.
“No mercado internacional, espera-se a abertura do mercado do bloco europeu e do Reino Unido para o produto já no próximo ano, o que deverá mudar o fluxo de exportações para níveis positivos”, ressalta o executivo.
Suínos
A produção de carne suína do Brasil deve atingir até 5,35 milhões de toneladas em 2024, alta de até 3,8% no comparativo anual, estimou a ABPA.
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A disponibilidade interna da proteína totalizará cerca de 4 milhões de toneladas, número 1,9% superior à disponibilidade registrada no ano passado, de 3,926 milhões de toneladas. O consumo doméstico crescerá até 3,8%, podendo alcançar 19 quilos per capita.
Para o ano que vem, a perspectiva de produção nacional está em até 5,45 milhões de toneladas. Se confirmada, será um aumento de até 2% comparado a 2024. O consumo per capita tende a ficar estável.
A exportação, por sua vez, deve crescer até 9,8% neste ano, atingindo em torno de 1,35 milhão de toneladas.
Para 2025, o crescimento teria menor intensidade, em até 7,4%, mas com o embarque maior, de até 1,45 milhões de toneladas.
“No mercado externo, existe expectativa de melhora do fluxo para a China, além da habilitação de novas plantas para destinos da América Latina, que se somarão à continuidade da demanda de mercados em pré-listing, como Filipinas e Chile”, disse o presidente da ABPA.
“O consumo interno de carne suína deverá ser influenciado positivamente pela boa competitividade do produto entre as carnes, também influenciado pelos custos de produção em patamares equilibrados”, acrescenta Santin.
