Ambiente é avaliado como positivo pelos organizadores, mesmo com as incertezas relacionadas às linhas de financiamento para máquinas e equipamentos
Depois de três dias de feira, a organização da Agrishow mantém o otimismo em relação aos resultados e reafirma a expectativa inicial de um crescimento de até 10% no volume de negócios. Expositores também reforçam a avaliação positiva e dizem ter percebido uma movimentação maior nos estandes.
Os números oficiais da feira deste ano devem ser anunciados na sexta-feira (3/5), mas a edição de 2018 fechou com R$ 2,7 bilhões em negócios. Se confirmadas as previsões, o montante de 2019 pode chegar a R$ 3 bilhões. O ambiente de negócios tem sido visto como positivo, mesmo considerando os problemas relacionados à disponibilidade de recursos para o Moderfrota, principal linha de crédito direcionado para máquinas e equipamentos agrícolas no Brasil.
Segundo ele, o volume de crédito que sai do Tesouro Nacional é bem pequeno diante do total de financiamentos feitos pelo setor agropecuário. “Na verdade, esse recurso oficial só baliza as taxas que serão cobradas pelas instituições bancárias. É preciso lembrar ainda que o risco para o governo no financiamento é zero. Quem fica com todo o risco é agente financeiro que repassa ao produtor os recursos liberados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).”
Instituições financeiras
Na falta dos recursos oficiais, outras instituições financeiras colocam suas condições de financiamento para o produtor, com ofertas que vão desde juros reduzidos (ainda que superiores aos do BNDES) a isenção de taxas. O Santander, por exemplo, anunciou uma linha de R$ 1 bilhão em crédito pré-aprovado para um determinado número de clientes.
As financeiras ligadas às montadoras também acenam com condições especiais para o produtor rural na Agrishow. O Banco CNH Industrial está com uma linha de CDC que promete carência de até 14 meses para iniciar a quitação das parcelas. A taxa de juros nessa linha é de 7,5%, como a do Moderfrota. O que muda é o prazo de pagamento, que é de cinco anos.Digite a frase”
O diretor Comercial, de Marketing e Seguros da instituição, Marcio Contreras, garante que há casos em que o financiamento é aprovado em até 24 horas. “Eu diria que o movimento está até melhor que o esperado, apesar da incerteza em relação ao crédito. Estamos conseguindo aprovar financiamentos durante a feira”, afirma.
Houve quem conseguisse negociar com o crédito oficial. A fabricante Kuhn informou ter fechado já no segundo dia da feira a venda de um pulverizador autopropelido e duas plantadeiras no valor total de R$ 1,6 milhão. De acordo com a empresa, a proposta de financiamento foi aprovada em menos de duas horas pela financeira do fabricante.
“Trabalhamos com agilidade e menos burocracia para oferecer soluções a nossos parceiros e garantir bons negócios”, diz o gerente comercial Eduardo Thomé, em comunicado.
Fonte: Globo Rural