Premiação reconheceu os melhores cafés produzidos no Espírito Santo
O produtor Ormindo Francisco Nandorf, da Fazenda Chité Pedreiras, em Santa Teresa, foi o grande vencedor da terceira edição do Prêmio de Cafés Especiais do Espírito Santo, categoria conilon, com a nota 92,88. No concurso de qualidade promovido pelo governo do Estado, José Braz Ortelan, com a nota 91,08, ficou em segundo lugar, e Robson Bastianello, com 90,75, em terceiro.
Na categoria arábica, o pódio foi ocupado por Marcos Antônio Costa, da Fazenda Córrego Pinheiros, em Brejetuba, com um café que obteve a nota 92,79. Em segundo lugar ficou Vagner Uliana, com 90,08, e em terceiro, Assildo Dias da Silveira, com 89,75.
Nandor, o campeão do conilon, disse que a premiação parecia um sonho. Já Costa, vencedor do arábica, disse que a sustentabilidade era a marca da sua produção e que espera melhorar a cada ano e atingir o máximo de 100 pontos.
Houve premiação também para os cafés mais sustentáveis, valorizando práticas como a recuperação de áreas degradadas, a utilização de água de forma eficiente e a adoção de sistemas agroflorestais. No arábica, o vencedor foi Luciano Dutra Pimenta, de Afonso Cláudio, com a nota 86,73, seguido por Joselino Meneguete, de Brejetuba, com a nota 86,32, e Welinton Ferreira Braga, também de Afonso Cláudio, com 83,90.
No conilon, o pódio da sustentabilidade teve Jarlete da Penha Sôtelle, de Santa Teresa, no primeiro lugar com pontuação, 94,36, seguida por Robson Bastianello (92,43) e Pedro Tonole (89,10).
Prêmio de Cafés Especiais do Espírito Santo
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Conheça os produtores que ficaram em 1º lugar em cada categoria
Os ganhadores foram anunciados nesta segunda-feira (16/12) em cerimônia no Palácio Anchieta, na capital capixaba, Vitória. Os prêmios para qualidade variaram de R$ 10 mil a R$ 30 mil. Já os vencedores em sustentabilidade ganharam prêmios de R$ 2 mil a R$ 5 mil.
Os finalistas passaram por uma avaliação sensorial realizada por juízes certificados durante a Semana Internacional do Café e as propriedades foram auditadas pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) para verificar o cumprimento de práticas sustentáveis.
Bom ano para o café
O governador Renato Casagrande destacou que o ano foi muito bom para o café do Espírito Santo, que teve recorde no valor das exportações e superou a receita da celulose, se tornando o primeiro produto do agro.
“Hoje temos um grande profissionalismo na produção de café no Estado. A assinatura do acordo do Mercosul com a União Europeia abre as portas para nós e temos que nos preparar para continuar produzindo os melhores cafés do mundo”, disse, em nota.
Ele também lembrou que o café capixaba conquistou muitos prêmios no ano e que seu governo reduziu de 12% para 7% a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) na comercialização de café conilon, que era uma demanda antiga da cadeia para ter o mesmo tratamento do arábica.
Para o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, a premiação confere um status especial ao café vencedor, aumentando sua visibilidade no mercado. “Isso atrai a atenção de compradores, torrefadores e consumidores exigentes, que buscam produtos de alta qualidade e com uma história única.”
O Estado é o maior produtor e exportador do tipo conilon do país. Nos dez primeiros meses deste ano mais que triplicou o volume de sacas exportadas, com 6,06 milhões de sacas de conilon em grãos e 430,8 mil sacas de equivalente em solúvel. Embarcou também 597,7 mil sacas de arábica.