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julho 12, 2025
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Caruru na soja: estratégias integradas são chave para controle eficaz da planta daninha.

Fonte: Agrolink

Manejo integrado e rotação de culturas são essenciais para evitar perdas de produtividade.

A presença do caruru (Amaranthus spp.) nas lavouras de soja brasileiras tem se consolidado como um dos maiores desafios fitossanitários enfrentados pelos produtores. Com alto potencial competitivo, rápida capacidade de disseminação e resistência crescente a diversos mecanismos de ação de herbicidas, a planta daninha pode causar perdas superiores a 50% na produtividade se não for controlada de forma adequada.

O controle efetivo do caruru exige a adoção de um manejo integrado, que envolva práticas preventivas, culturais, mecânicas e químicas. Essa abordagem é fundamental para reduzir a pressão de seleção por resistência e manter a sustentabilidade da produção agrícola.

Rotação de culturas e plantas de cobertura no combate ao caruru

A rotação de culturas é uma das estratégias mais eficazes no controle do caruru. A alternância da soja com culturas como milho, trigo ou pastagens interrompe o ciclo de vida da planta daninha, reduzindo sua presença no solo. Além disso, o uso de plantas de cobertura, como o azevém durante o inverno, promove o sombreamento do solo e inibe a emergência de novas plantas.

O plantio consorciado, como milho com braquiária, e a antecipação da semeadura para períodos com menor emergência do caruru também são práticas que complementam o controle cultural da espécie.

Herbicidas: uso criterioso e atenção à resistência

O controle químico ainda é uma das principais ferramentas no manejo do caruru, sendo recomendado o uso combinado de herbicidas pré-emergentes e pós-emergentes. O sucesso da aplicação depende do estádio de desenvolvimento da planta daninha — com maior eficácia em aplicações realizadas entre 2 e 4 folhas.

Entretanto, o uso contínuo de ingredientes ativos com o mesmo mecanismo de ação tem levado ao surgimento de populações resistentes. No Brasil, já há registro de resistência ao glifosato, inibidores da ALS, Protox e Fotossistema II em diferentes espécies de caruru. Por isso, a rotação e associação de mecanismos de ação são práticas indispensáveis para prolongar a vida útil dos herbicidas disponíveis no mercado.

Boas práticas agrícolas complementam o controle

Além do manejo químico e cultural, práticas como a limpeza de máquinas e implementos agrícolas são essenciais para evitar a introdução e disseminação de sementes de caruru entre talhões e propriedades. A utilização de sementes certificadas, a eliminação de plantas sobreviventes e o cuidado com a entrada de animais em áreas produtivas também integram o conjunto de medidas preventivas.

Manejo antecipado é fundamental para conter o avanço

A estratégia mais eficaz contra o caruru começa antes mesmo do plantio. A adoção de herbicidas residuais, associada a boas práticas agrícolas e culturais, oferece um controle mais duradouro e reduz a emergência de novas plantas durante o ciclo da cultura.

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