No Paraguai os preços para o Brasil recuaram mais US$ 10/t
O milho brasileiro pra exportação registrou queda de mais 14 cents/bushel nos prêmios, o que acaba deixando os preços sem vendedor, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os prêmios permaneceram a $16 cents/bushel para julho23; recuaram 14 cents para ago/23 recuaram para $23, recuaram 10 cents para $27 em setembro e recuaram 10 cents para $ 35 para outubro e cotaram $ 33 cents para novembro”, comenta.
“A explicação continua a mesma: forte queda nos prêmios, não apenas no Brasil, mas também na Argentina sinaliza a falta de demanda externa para o produto, que está concentrada nos EUA, no momento. As importações de soja da China dos EUA em março foram de 4,83 MMT em comparação com 3,37 MMT no ano passado. As importações do Brasil foram de 1,67 MMT em março, uma queda de 42% em relação ao ano passado. As importações totais de março foram de 6,85 MMT, 8% acima de março de 22”, completa.
No Paraguai os preços para o Brasil recuaram mais US$ 10/t, sendo que o Brasil não deve importar em 2023. “Negociações bastante pontuais, depois da semana anterior onde se observaram fortes correções e compradores ausentes. A pressão continuou ao longo desta semana, com vendedores paraguaios buscando demanda no Brasil e compradores esperando, observando até que ponto os preços poderiam continuar a corrigir. Essa situação afetou os preços em toda a região, que recuaram US$ 10/t e os vendedores não acomodaram seus números na mesma velocidade; com isso, os negócios ficaram muito lentos”, indica.
“Para a próxima safra, muitos compradores brasileiros não estão pensando em importar, dada a situação toda, enquanto os compradores locais estão tentando ver onde os preços podem ser acomodados. Fretes: Ponta Grossa 43, Guarapuava 41, Cascavel 24, Oeste de SC 36, Noroeste do RS 40”, conclui.