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setembro 7, 2024
Gestão RuralNotícias

A polêmica de incluir biológicos no rol de agrotóxicos.

“Tratam-se de produtos com características bem distintas”.

O PL 1459/2022, conhecido como “PL do Veneno”, está gerando bastante debate ao propor um novo marco regulatório para pesticidas no Brasil. A inclusão dos bioinsumos como “agrotóxicos biológicos” tem sido fortemente contestada por mais de 30 entidades setoriais, que argumentam que esses recursos essenciais na agricultura não devem ser classificados como agrotóxicos. 

Juliano Alves Gerolin, engenheiro e sócio proprietário da Gerolin Engenharia, enfatizou a importância de uma regulamentação adequada para os bioinsumos no mercado nacional, criticando a classificação equivocada proposta no projeto de lei atualmente em tramitação no Congresso Nacional.

“Há anos lutamos pela regulamentação dos bioinsumos, mas o projeto de lei que está circulando no Congresso Federal comete um grande erro ao tratá-los com agrotóxicos. Tratam-se de produtos com características bem distintas em relação aos defensivos químicos tradicionais, que embora tenham uma ação rápida sobre a área aplicada, se usados incorretamente, podem causar contaminação da água e de solo”, comenta.

Segundo Gerolin, os defensivos biológicos, conhecidos como bioinsumos, atuam de forma gradual e não deixam resíduos ambientais prejudiciais, promovendo uma abordagem regenerativa. Ele destaca que as rotas de obtenção desses produtos diferem dos defensivos químicos. Gerolin também enfatiza que os defensivos químicos apresentam maior risco para os operadores durante a produção e aplicação, enquanto os defensivos biológicos são mais seguros nesse aspecto. Ele ressalta a importância de seguir as recomendações do produtor e fabricante em ambas as atividades agrícolas.

O especialista diz que é crucial iniciar a regulamentação com os fornecedores de inóculo e meio de cultura, garantindo um controle rigoroso de qualidade que torna toda a cadeia produtiva de bioinsumos mais segura. Ele enfatiza a importância de adquirir produtos de fontes confiáveis, devidamente regulamentadas e fiscalizadas, para assegurar um processo produtivo inicial mais seguro.

AGROLINK – Leonardo Gottems

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