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setembro 19, 2024
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Alta do petróleo faz açúcar subir quase 4% em Nova York

Café e suco de laranja fecharam em alta, enquanto algodão e cacau recuaram

açúcar demerara fechou em alta de quase 4% nesta terça-feira (17/09) em Nova York, em meio a conflitos no Oriente Médio e a alta do petróleo. Segundo o ‘The Wall Street Journal’, 2,7 mil pessoas foram feridas em um ataque no Líbano. O Hezbollah acusa Israel por esses ataques, e o mercado teme por novas guerras na região, fazendo o petróleo subir quase 2%.

Quando o combustível fóssil tem alta, quase automaticamente o açúcar sobe porque os investidores entendem que mais cana será destinada ao etanol, em detrimento ao açúcar. O processo não é automático, mas interligado.

Afora isso, o aumento nos preços em Nova York é sustentado pelas secas no Brasil e pelos riscos associados aos incêndios nos canaviais no interior de São Paulo, que podem impactar a safra 2025/26.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar atualizou na segunda-feira o número de hectares de cana atingidos pelo fogo para, pelo menos, 231,83 mil. Este levantamento parcial, realizado junto às usinas do Estado, refere-se aos incêndios ocorridos em agosto.

De acordo com os dados, 132,04 mil hectares ainda precisam ser colhidos. No fim da sessão, os papéis de açúcar demerara de vencimento em março de 2025, os mais negociados, subiram 3,98%, a 20,37 centavos de dólar a libra-peso.

Café

Os riscos iminentes da seca sobre as plantas de café para a safra 2025/26 condiciona a tendência de alta do mercado na bolsa de Nova York. O grão encerrou cotado a US$ 2,6450. A alta foi de 2,3% para os contratos com prazo para dezembro.

De acordo com o analista Eduardo Carvalhaes, tanto os contratos de arábica na bolsa americana, quanto os de robusta em Londres, trabalham com altas expressivas e há um movimento de recompra de contratos.

Na ICE Europe, os estoques de café caíram e e estão em pouco mais de 5,3 mil sacas. Este indicador é um termômetro para como está a disponibilidade de café mundial.

O sócio do escritório Carvalhaes especializado no grão reforça que o Brasil está nos centros das atenções, devido ao clima seco. Apesar de uma frente fria ter chegado ao Sudeste do país, os episódios de chuva não atingiram os parques cafeeiros e devem continuar esparsos, pesando sobre as cotações.

Cacau

Os contratos de cacau com vencimento para dezembro caíram ao longo do dia e encerraram cotados em US$ 7.620 a tonelada, recuo de 1,89%, sem mudanças nos fundamentos técnicos, com agentes de mercado realizando lucros.

De acordo com a Trading Economics, os futuros da amêndoa atingiram seus recordes este ano, o que deflagra um ajuste de mercado para estabilizar os preços. O cacau aumentou 82,07% desde o início de 2024. “Historicamente, o cacau atingiu o máximo de US$ 12.261 a tonelada em abril de 2024. E agora entra em estabilização”, informou.

Algodão e suco de laranja

Os papéis do algodão negociados para dezembro fecharam em queda de 0,91% na bolsa Nova York, com preço de 72,16 centavos de dólar por libra-peso. Segundo o site americano de commodities Barchart, tanto a alta do índice do dólar em 175 pontos até agora, e os futuros do petróleo bruto subindo US$ 1,73/barril, pesaram sobre as cotações do algodão.

Outro fator para a queda é a progressão da safra da pluma norte-americana, que já está 54% com a abertura das maçãs do algodão – estágio próximo da colheita, o que indica que os trabalhos de campo continuarão acelerados.

O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) deu impulso e fechou com valorização de 0,84% na bolsa de Nova York. As cotações dos lotes com prazo para novembro ficaram em US$ 4,8570 a libra-peso.

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