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novembro 25, 2024
Agricultura

Tecnologia garante alta produtividade em citros

A história da família Olhier, de Jales, SP, é um dos bons exemplos de que uma citricultura altamente tecnificada gera excelentes resultados. Há três anos, o casal José Roberto Olhier e Vilma de Fátima Sentinello decidiu plantar laranja em uma pequena área de 42 hectares, a qual estava deteriorada pelo cultivo de cana-de-açúcar.

Desde então, a citricultura tornou-se a menina dos olhos dos produtores. A razão para tamanha alegria é explicada em números. Logo na primeira safra, ao investir em agricultura de precisão, os produtores colheram 27,7 toneladas por hectare, valor acima da expectativa, que era em torno de 15 a 20 toneladas por hectare.

“Eu esperava uma boa produtividade, mas me surpreendi e estou muito feliz com os resultados”, comemora José Olhier.

Protocolo campeão

O protocolo adotado incluiu o serviço de amostragem de solo georreferenciada pelo Geofert e o serviço de aplicação de corretivos em taxa variável, que distribui os insumos na dose certa em cada área. Olhier também apostou na sistematização de área com o GeoCoopercitrus Vant e, com esse serviço, conseguiu aproveitar melhor a área de plantio e agregar diversos benefícios.

“A sistematização é feita de acordo com a queda do terreno, fazendo um plantio direcionado, sempre cortando as enxurradas da água da chuva. Por cima, é possível visualizar que não existe nenhuma rua no meio dos talhões. Isso gera economia de mão de obra, tempo, combustível, além de haver melhor aproveitamento do terreno em função desta disposição do plantio. O mapa sugere várias opções e o cooperado escolhe, em cada uma dessas opções, o número adequado de plantas. O resultado é a melhora na produtividade e o maior número de caixas por hectare”, explica Nelcir.

A preocupação com a irrigação é algo latente na região. Por isso, a família Olhier investiu no sistema de irrigação por microaspersão. Segundo Nelcir, a irrigação foi fundamental para os resultados positivos na colheita. “A laranja se adapta a qualquer tipo de solo, desde que tenha disponibilidade de água. Se não houvesse irrigação, não teríamos esse resultado, principalmente porque a região enfrentou dois anos consecutivos de seca”.

Atualmente, a produção da família é diversificada, dividida entre seringueira, limão e laranja, com as variedades: limão tahiti, tangerina ponkan e laranja pera rio para o mercado de mesa.

“O sistema de porta-enxerto que foi implantado é o sanduíche, onde temos sistema radicular Citrumelo Swingle, porta-enxerto Valência e a copa de pera rio. A alta produtividade do pomar mostra que tudo que foi utilizado desde o plantio surtiu efeito”, explica Nelcir.

Sustentabilidade

A cooperativa ofereceu apoio técnico para reflorestamento de áreas de preservação permanente (APP) e reserva legal: “Como foram retiradas algumas árvores para fazer o plantio, houve a necessidade de fazer a recomposição na APP. Para o feito, foram plantados duas mil mudas de plantas nativas”.

Para continuar alcançando os resultados desejados, José Olhier sabe que deve manter o foco em seus objetivos: “Estamos em um momento em que o custo está muito alto, mas é preciso investir em produção e qualidade para permanecer e se sobressair no mercado. Além de toda a tecnologia, o acompanhamento técnico é fundamental, principalmente para o pequeno produtor”.

Nessa empreitada, o produtor rural recebe o suporte técnico da Coopercitrus. “Sou fã do sistema da cooperativa e a Coopercitrus é responsável por 80% da minha produção. Se não fosse a Coopercitrus, não estaríamos produzindo laranja. Ainda estamos engatinhando, mas estou muito satisfeito com os resultados”, conta o produtor com brilho nos olhos.

“Muitos produtores acreditam que a tecnologia tem resultado positivo apenas em grandes áreas, mas provamos que, em 42 hectares, é possível colher bons resultados. Não é necessário ter grandes extensões de terra, pois, em qualquer área, é possível ter bons resultados”, ressalta o especialista em citrus.

Para Olhier, não existe segredo para alcançar bons resultados dentro de campo: “É uma junção de fatores, é preciso investir em tecnologia, na profissionalização e no combate das doenças que estão surgindo na citricultura. Não é fácil, mas, com foco, trabalhando com amor e tendo o suporte de parceiros, como a cooperativa, os resultados aparecem. Só não podemos desanimar. Estou muito contente com os serviços, estão mais do que aprovados!”.

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