“O ano de 2019 foi muito positivo para o setor leiteiro, obtivemos estabilidade nos preços, bem como na produção e pouca especulação no mercado com as importações. Contudo, o mais positivo foi a entrada em vigor das Instruções Normativas 76 e 77, que normatizam as exigências relativas à qualidade do leite, colocando a produção brasileira no mesmo patamar de exigências de qualidade de produtos dos países da Europa, EUA e Nova Zelândia”. A afirmação é de Wander Bastos, coordenador da comissão de bovinocultura de leite da FAESP.
Destaca que nas questões de Sanidade Animal, avanços foram feitos no Plano de Erradicação da Febre Aftosa, no qual o Brasil obteve status de País Livre da Febre Aftosa com vacinação. “É uma grande conquista, passo imprescindível para a retirada da vacinação; também é em avanço, porém em “marcha lenta”. Além disso, temos o Plano de Erradicação e Controle da Tuberculose e Brucelose.”
“Nas questões comerciais foram abertos mercados internacionais para o leite e derivados, além da oficialização do mercado para o Leite A2A2. Também é importante ressaltar a consolidação do Produto Agroartesanal, em especial o queijo, que apresentará grande oportunidade para pequenos e médios Produtores agregarem valor na sua Produção e em especial ao Queijo Artesanal Paulista, que aguarda – para essa semana – publicação de Resolução ou Portaria que regulamente a produção Artesanal Paulista.”
Na parte institucional foi realizado importante trabalho de interação e integração com outras entidades, com a realização de reuniões com diferentes elos da cadeia produtiva com objetivo de atualizar os cursos de bovinocultura de leite do SENAR, para que esses possam atender de maneira completa as necessidades dos produtores.
“Para 2020, esperamos avançar em demais áreas e teremos muito trabalho para termos um grande Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural, visto que o produtor precisa de acompanhamento nas questões de gerenciamento da propriedade eficiência na produção. Vemos como necessário a atuação das leis dos produtos artesanais no estado de São Paulo, além da consolidação do mercado do Leite A2A2, e desenvolvimento de trabalhos para aumentarmos nossa fatia no mercado internacional, com queijos industriais e leite em pó”, conclui Wander.