29.8 C
Franca
novembro 5, 2025
Agricultura

Observações sobre o manejo da doença mancha aureolada em cafeeiros.

Fonte: Café Point

Doença é causada pela bactéria Pseudomonas seryngae pv. garcae, que ataca folhas e ramos, e causa lesões e morte de tecidos de cafeeiros.

A mancha aureolada é causada pela bactéria Pseudomonas seryngae pv. garcae, que ataca folhas e ramos, e causa lesões e morte de tecidos de cafeeiros. 

No passado, a mancha aureolada ocorria em regiões cafeeiras mais ao sul do país, no Paraná e em São Paulo. Depois, com o uso de áreas de altitude mais elevada para o plantio de café, a doença passou a atacar, de forma significativa, também no Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Sul de Minas e, mais recentemente, também na Zona da Mata de MG e Sul do Espírito Santo. 

As condições favoráveis à doença são ligadas a climas mais frios e úmidos e em áreas mais sujeitas a ventos frios. Regiões de altitudes elevadas e com chuvas finas são mais críticas para o ataque nas lavouras de café. 

O objetivo da presente nota técnica é apresentar observações em campo que mostram a possibilidade de manejar a mancha aureolada em lavouras de café com práticas culturais, combinadas com controle genético e químico. Para esse manejo da doença, as práticas iniciais devem focar na redução das condições favoráveis, protegendo as plantas com quebra-ventos e evitando excesso na adubação nitrogenada, sempre equilibrada com a adubação potássica e reforçando o suprimento de fósforo – este responsável por aumentar a resistência das plantas. 

Em lavouras novas pode-se aplicar podas sanitárias, com o corte e eliminação de partes afetadas da planta, com isso reduzindo o inóculo da bactéria, diminuindo a sua disseminação. 

No controle químico, os produtos à base de cobre têm boa ação bactericida, sendo indicada, também, a Kasugamicina. No controle genético mais efetivo, indica-se o uso de variedades resistentes ou menos suscetíveis nas áreas muito sujeitas ao ataque da doença. Dentre os materiais já observados em campo, com boa resistência, destaca-se as cultivares japy, IBC 12, siriema AS1 e araraçu. Para os produtores de cafés especiais, também indica-se geisha e IPR 102. 

Foram observados em campo como muito suscetíveis, devendo ser evitadas para plantio nessas áreas, as cultivares: acaiá, catucaís amarelos, bourbon amarelo, topázio e paraíso 2.

Related posts

Mais de 3 mil Subvenções de Seguro Rural

Fabrício Guimarães

A próxima crise na produção de café.

Fabrício Guimarães

Mercado futuro do arábica encontra suporte na preocupação com clima nas lavouras brasileiras

Fabrício Guimarães

Deixe um comentário

Usamos cookies para melhorar sua experiência no site. Aceitar Leia Mais