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outubro 2, 2025
Pecuária

Gado leiteiro: trigo é alternativa para complementar nutrição.

O trigo não pode substituir integralmente o milho na nutrição do gado leiteiro, mas é uma alternativa viável para complementar a alimentação dos animais. A utilização, ainda que parcial, pode contribuir para a redução nos custos de produção de leite, uma vez que a nutrição representa metade dos gastos do produtor.

O farelo de trigo oferece uma quantidade de proteínas similar a outros grãos, como o milho, para as vacas em lactação. O nível energético fornecido também é equivalente, contudo, a energia se encontra em formato de fibra digestível, e não na forma de amido, o que pode prejudicar o desempenho dos animais, a depender da concentração na ração.

Um estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) apontou que não houve mudança na produção de leite quando o trigo substituiu em até 45% o volume do milho utilizado na ração das vacas. Acima desse percentual, o volume produzido sofreu redução.

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Incentivo à produção de cereais de inverno

Governo catarinense quer aplicar R$ 4 milhões em maquinário para processar trigo destinado à ração animal. (Fonte: Shutterstock)
Governo catarinense quer aplicar R$ 4 milhões em maquinário para processamento de trigo destinado à ração animal. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

O governo de Santa Catarina destinou R$ 10 milhões para incentivar os produtores a utilizar o trigo na ração das vacas em lactação. A ideia é aproveitar as áreas não utilizadas, devido à entressafra de grãos, como soja e milho, para plantar cereais de inverno e reduzir a dependência regional da importação de insumos para a ração animal.

No ano passado, o agronegócio consumiu 7 milhões de toneladas de grãos, sendo que 75% desse volume foi importado de outros Estados e países; em 2022, o déficit deve ser ampliado. O consumo de milho para ração deve crescer 3%, enquanto as lavouras no Estado sofreram com uma estiagem prolongada.

A meta do programa é investir R$ 6 milhões no cultivo de trigo, triticale ou centeio destinados à ração, cada produtor receberá um subsídio de R$ 300 por hectare efetivamente plantado, limitado a 10 hectares. Outros R$ 4 milhões deverão ser aplicados para incentivar a produção de silagem com cereais de inverno.

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