Os efeitos desse aumento já são perceptíveis nas prateleiras dos supermercados
AGROLINK –Leonardo Gottems
Durante a semana de carnaval, o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe) registrou um expressivo aumento de 10% no preço do feijão-carioca nos polos de produção, alcançando a marca de nota 8,5. Em apenas uma semana, produtores e empacotadores testemunharam os preços se aproximando perigosamente da marca dos R$ 350. Enquanto isso, no Sul do Paraná, as cotações do feijão-preto permaneceram estáveis, variando entre R$ 380 e R$ 400.
Os efeitos desse aumento já são perceptíveis nas prateleiras dos supermercados, refletindo não apenas a recente alta, mas também os aumentos registrados em janeiro. A perspectiva é de que os preços permaneçam elevados, ameaçando impactar o consumo até a colheita da segunda safra.
Em meio a este cenário, enquanto o mercado de Feijão-carioca enfrenta aumentos significativos nos preços e na demanda, observa-se um novo impulso com compradores ativos pagando até R$ 340 por saca de Feijão nota 8,5. Há relatos de que diversos compradores planejam retomar suas atividades de compra a partir da próxima semana.
Enquanto isso, em uma perspectiva internacional, o Ibrafe destaca a importância de observar os mercados de Feijões-caupis, do Mungo verde e, principalmente, do Mungo Preto. Durante uma viagem à Índia, o instituto destaca que a área de cultivo de Feijão-caupi, que anteriormente indicava um aumento considerável, agora dá sinais de que poderá ser substancialmente menor no Mato Grosso.
Dessa forma, o panorama do mercado de feijões no Brasil e no cenário global reflete um cenário desafiador, com aumentos expressivos nos preços do Feijão-carioca, incertezas sobre a produção na segunda safra e a necessidade de monitorar de perto as tendências em outros tipos de feijões, como o Feijão-caupi, o Mungo verde e o Mungo Preto.