Em negociação inédita, a Coopeavi vai exportar 12 toneladas de cafés finos torrados para a China. O volume corresponde a um total de 2.600 caixas com 5 kg cada, embaladas a vácuo, e vai chegar a cafeterias e empresas do país asiático. A carga seguirá ainda nesta semana de navio para o Porto de Ningbo (China).
A venda foi intermediada por um contato da Gerência do Negócio Café da Coopeavi junto ao comprador, que pretende divulgar os cafés dos produtores das Montanhas do Espírito Santo ligados à cooperativa para os consumidores da China.
Segundo o coordenador da unidade de cafés da Coopeavi, a Pronova, Carlos Altoé, o chinês Xhou Jiong Wei, mais conhecido como “Leo”, vive entre Vitória e China e provou os cafés em janeiro deste ano, manifestando interesse na compra para posterior revenda no mercado do seu país de origem. O produto apresentou notas sensoriais acima de 84 pontos.
“Isso mostra um crescimento muito rápido da demanda por cafés especiais e o primeiro negócio com a China já é de 12 toneladas. Nós torcemos para que o negócio continue”, afirma Altoé.
A encomenda volumosa de cafés torrados mudou a rotina na Pronova, em Venda Nova do Imigrante. A Coopeavi terceirizou a torra dos grãos, dispostos em 240 sacas, e acomodou todas as embalagens no armazém local.
Segundo Carlos Altoé, trata-se de um processo totalmente novo para os negócios com café. “O mercado consumidor de cafés finos na China está cresccendo. O mesmo comprador já havia comprado cafés capixabas, mas tradicionais”.
O chinês “Leo” esteve pessoalmente no dia 29 de junho no armazém da Pronova. Ele afirma que o investimento foi devido à qualidade dos cafés da cooperativa e está animado com a repercussão que pretende gerar no seu país.
“A China está mais aberta aos estrangeiros, que muitas vezes não gostam de chá e tomam café. Hoje, já contamos com muitas cafeterias”, diz.
O gerente de Negócio Café da Coopeavi, Giliarde Cardoso, ressalta que há dois anos a cooperativa vem trabalhando para entender mais sobre o mercado de cafés industrializados e agregar valor ao produto dos cooperados.
“A exportação para a China é um grande avanço neste processo de verticalização de mercado. Por meio da industrialização, a gente agrega valor ao café torrado, assim como fazemos com os cafés especiais verdes”, diz.
Além de disponibilizar os cafés torrados por meio do e-commerce para o mercado nacional, a Coopeavi dá um passo importante na internacionalização desse produto ao exportar para a China, avalia Cardoso.
Fonte: Coopeavi