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novembro 25, 2024
Agroindustria

Brasil deve ter nova safra recorde em 2024/25, diz Conab

Projeção é de uma colheita de 322,5 milhões de toneladas, 8,3% superior a 2023/24

A primeira previsão oficial do governo para a safra de grãos 2024/25 indica mais um crescimento para a agricultura no país que, confirmado, dará novo recorde de produção. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta uma safra de 322,5 milhões de toneladas, 8,3% superior à estimativa de colheita de 2023/24.

Esse desempenho seria fruto de uma área de cultivo 1,9% maior, com 81,34 milhões de hectares em três períodos distintos. E de uma produtividade média 6,2% maior, com 3.964 quilos por hectare. A produtividade, esclarece a Conab, neste momento é fruto de dados estatísticos, uma vez que a segunda e a terceira fase de plantio de 2024/25 estão muito distantes.

Neste momento, estão sendo semeadas as culturas de verão, como soja, primeira safra de milho e de feijão.

Carro-chefe do agronegócio nacional, a soja deve apresentar um crescimento de 2,8% na área semeada, mesmo com o atraso no plantio devido ao tempo seco. “Esse percentual de crescimento de área da oleaginosa está arrefecido nesta safra, sendo este o terceiro menor percentual de incremento registrado desde o ciclo 2009/10. O atraso do início das chuvas, sobretudo nos Estados da região Centro-Oeste, vem atrapalhando os trabalhos de preparo do solo e do plantio”. Ainda assim, a estimativa é que a produção cresça 12,7%, para 166,05 milhões de toneladas. 

No caso do milho verão, a Conab prevê uma redução de 5,4% na área semeada, para 3,76 milhões de hectares. A produção é estimada em 22,72 milhões de toneladas, 1,1% menos que em 2023/24.

Somadas as três temporadas do milho, a estimativa de colheita é de 119,7 milhões de toneladas, 3,5% superior ao colhido na última safra. A recomposição é esperada no inverno, com 94,6 milhões de toneladas (aumento de 4,8%). O plantio de inverno começa apenas em abril e depende da colheita de soja.

No caso do algodão, a Conab estima um crescimento de 2,9% na área a ser semeada, para um total de 2 milhões de hectares A produção da pluma deve se manter estável em 3,7 milhões de toneladas.

Arroz e feijão

O primeiro levantamento do governo para a safra 2024/25 de arroz prevê aumento de 9,9% na área semeada no país, principalmente no Centro-Oeste e no Sudeste, onde o crescimento chega a 33,5% e 16,9% respectivamente.

O Sul, principal região produtora de arroz no país, também deve ter aumento no número de hectares cultivados, atingindo 1,16 milhão de hectares.

Esse cenário influencia na projeção nacional de maior produção de arroz, com colheita estimada em 12 milhões de toneladas, quase 2 milhões a mais que em 2023/24. O volume, se confirmado, irá recuperar o obtido na safra 2017/2018, acrescenta a Conab.

De acordo com os dados por região, em Mato Grosso, os produtores irão destinar mais de 133 mil hectares ao cultivo de arroz, o que significa um crescimento de 39,3% de área em relação à temporada de 2023/24. Em Goiás, a projeção é de 24% mais hectares para o plantio do grão, índice pouco menor que o registrado em Minas Gerais, onde se verifica uma alta de 25,1%.

“Com esses números, a previsão é de que o Brasil volte ao patamar das maiores safras de arroz da sua história”, reforçou, em nota, Edegar Pretto, presidente da entidade, que anteriormente foi muito criticado por ter indicado a necessidade de leilão de arroz, depois das enchentes trágicas que atingiram o Rio Grande do Sul, maior produtor do país.

No caso do feijão, a espera é de leve aumento na área semeada, saindo de 2,86 milhões de hectares na safra 2023/24 para 2,88 milhões de hectares em 2024/25.

Somando-se os três ciclos de feijão no Brasil, a expectativa da Conab é de uma safra com 3,26 milhões de toneladas, 0,5% acima de 2023/24.

A maior alta é esperada para a primeira safra – que começa este mês e vai até dezembro -, de 2,3%, com cerca de 881,3 mil hectares plantados. Espera-se uma colheita de 947,3 mil toneladas versus as 942,3 mil toneladas no ciclo passado.

Por outro lado, a projeção só não foi maior, pois a terceira safra do feijão – que deverá ser semeada em junho do ano que vem até outubro – poderá sofrer um recuo de 1,5%, de 789,5 mil toneladas para 777,9 mil.

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