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outubro 2, 2025
Agricultura

Brasil pode assumir liderança em agricultura regenerativa.

Fonte: Agrolink

No Brasil, o potencial é gigantesco.

A agricultura regenerativa deixou de ser um tema restrito a especialistas e ganhou espaço entre grandes fundos de investimento, unindo escalabilidade, impacto socioambiental e retorno financeiro de longo prazo. A análise é de Henrique Galvani, CEO da Arara Seed.

No Brasil, o potencial é gigantesco: segundo o MapBiomas, existem 164 milhões de hectares de pastagens, sendo que 28 milhões em condições intermediárias ou severas podem ser convertidos em áreas agrícolas. Isso poderia adicionar mais de 150 milhões de toneladas de grãos à produção nacional, movimentar quase R$ 483 bilhões em investimentos e evitar a emissão de até 3,5 bilhões de toneladas de CO2.

O Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas já prevê recuperar 40 milhões de hectares em dez anos, contando com mecanismos inovadores de financiamento, como o Eco Invest Brasil, que mobilizou mais de R$ 30 bilhões em capital catalítico. A primeira fase já está em andamento, com meta de atender até 3 milhões de hectares.

Além do ganho ambiental, sistemas regenerativos garantem maior resiliência a crises climáticas e se tornaram fator competitivo no comércio global, diante de exigências de rastreabilidade e critérios ambientais em mercados como Europa e EUA. Para Galvani, a agricultura regenerativa é mais do que uma escolha sustentável — é uma oportunidade bilionária capaz de transformar o Brasil em líder da transição produtiva e ambiental.

“Em resumo, a agricultura regenerativa não é apenas o futuro do agro, é uma tese de impacto bilionária que une segurança alimentar, valorização patrimonial e mitigação climática. E o Brasil, com sua escala agrícola e base de áreas degradadas, está diante da chance de liderar a maior transformação produtiva e ambiental do século”, conclui.

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