Lavouras de grãos, café e, particularmente, canaviais do interior paulista foram devastados pelas chamas
O Estado de São Paulo conta com 48 municípios em alerta máximo para queimadas, segundo dados de monitoramento do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil, após a entrada de duas novas cidades nesta categoria.
Em nota, o governo estadual informou que dá continuidade aos trabalhos do gabinete de crise e do posto avançado em Ribeirão Preto (SP) para coordenar as ações de combate ao fogo que atinge o interior do Estado. Neste domingo (25/8), o número de cidades com focos ativos de incêndio estava em seis.
Nos últimos dias, lavouras de grãos, café e, particularmente, canaviais do interior paulista foram devastados pelas chamas.
A Polícia Civil está mobilizada para investigar todas as ocorrências de incêndio criminoso no Estado, especialmente as que ocorrem nas regiões afetadas pelas queimadas. Já foram efetuadas duas prisões.
“Na manhã deste domingo (25), um homem de 42 anos foi denunciado por moradores após atear fogo em uma área de mata no bairro Central Park, em Batatais, na região de Franca”, afirmou o governo em nota.
Em São José do Rio Preto, um idoso de 76 anos foi detido após atear fogo em lixo, em uma área de mata no Jardim Maracanã, na manhã de sábado (24/8). O caso foi registrado no plantão da Delegacia Seccional da cidade. Outro caso investigado no município é o de um motociclista que teria ateado fogo em uma área de mata.
Seguro rural
Por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, o governo estadual disponibiliza o valor de R$ 100 milhões em subvenção ao seguro rural para produtores afetados pelos incêndios.
Ofertado pelo Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), o recurso conta com 15 seguradoras credenciadas, que concedem subvenções que variam de 25% a 30%, dependendo da cultura produtiva. O limite, por produtor rural, é de R$ 25 mil e qualquer agricultor prejudicado pode acessar o crédito.
“A subvenção tem como objetivo amenizar os impactos das perdas de produção, causadas pela seca e outras intempéries, além de disponibilizar recursos para custeios emergenciais”, disse o governo.
Mobilização
O gabinete do governo contra incêndios reúne técnicos da Defesa Civil do Estado e das secretarias da Segurança Pública (SSP), Agricultura e Abastecimento e de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), além de efetivo das Forças Armadas, da Fundação Florestal, DER, Defesas Civis Municipais e brigadistas voluntários. No total, 15.335 pessoas estão envolvidas nos trabalhos de combate às chamas e orientação.
O governo federal, por meio das Forças Armadas, enviou sete aeronaves, incluindo um KC-390, para ajudar no combate às queimadas.
Também estão em operação outras dez aeronaves da Polícia Militar, além de 614 viaturas do Corpo de Bombeiros e 1.936 caminhões-pipa, entre mais de 3 mil veículos empregados na operação, contando equipamentos do estado e fornecidos por empresas da região.
