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novembro 25, 2024
Agricultura

Seguradoras precisam investir em tecnologia para garantir avanço do seguro rural no Brasil

A Agrotools, plataforma digital para o agronegócio corporativo no mundo, destaca sobre o seguro rural e como as seguradoras necessitam de maior segurança de dados para oferecer melhor gestão de riscos e, consequentemente, obter mais benefícios e trazer condições comerciais favoráveis aos produtores. Nesse caso, a tecnologia se torna uma aliada do setor.

Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) apontam que 80% dos produtores brasileiros atualmente não têm nenhum instrumento mitigador de risco contra o clima, enquanto nos Estados Unidos, a área de lavoura coberta por algum tipo de seguro se aproxima de 90%, como aponta a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). Já na China, como mostra o Fundo Global para Redução do Risco de Desastres, as lavouras com algum tipo de cobertura subiram de 13,6 milhões de hectares (patamar atual do Brasil) para 166,23 milhões de hectares, entre 2007 e 2018.

“O Brasil é protagonista mundial na produção e exportação de alimentos. Porém, a contratação do seguro rural não segue o mesmo ritmo e nem todos os agricultores e pecuaristas aderiram à prática como estratégia na mitigação de riscos”, explica Lucas Tuffi, diretor comercial da Agrotools.

Neste ano, fenômenos climáticos já têm deixado um rastro de preocupação no país. “Vimos acontecer mais recentemente em Petrópolis, mas também observamos chuvas intensas em São Paulo, Minas Gerais e Bahia, além de outras intempéries, como geadas e secas no Sul. “Algumas condições estão fora do controle dos produtores rurais, mas a situação se agrava quando eles não têm condições financeiras para realizar a próxima safra”, ressalta. Para o executivo, a cobertura financeira é fundamental para os produtores. “O seguro rural é garantia indispensável das atividades econômicas no campo”, complementa.

Para Lucas Tuffi, mais do que garantir cobertura para determinadas áreas, as seguradoras devem desenvolver mecanismos e utilizar soluções digitais para melhorar essa percepção. “Como resultado, o seguro fica mais atrativo para os produtores que estão em conformidade socioambiental e protegem a rentabilidade da sua carteira com maior conhecimento sobre o campo”, completa.

Ainda de acordo com o executivo, um dos gargalos para oferecer um seguro mais qualificado é a dificuldade de compreender com exatidão os riscos envolvidos, o que acaba deixando o produto mais caro como forma de proteção das seguradoras. “Mas, em vez de testar novas ferramentas ou levar anos para desenvolver uma tecnologia proprietária, as seguradoras podem aproveitar as soluções digitais já existentes no mercado. A tecnologia tem capacidade de transformar o setor e garantir uma expansão do seguro”, destaca.

Para Tuffi, o seguro rural é uma das ferramentas mais importantes para desenvolver o agronegócio no Brasil. “Com todas as incertezas que envolvem essa atividade, é fundamental que o mercado siga crescendo, o que traz oportunidades para as seguradoras expandirem sua atuação e alcançarem maior rentabilidade. Com isso, é possível aumentar a segurança alimentar e a geração de emprego, além de trazer acréscimo de renda ao agronegócio”.

Diante do impacto da Agrotools em toda a cadeia, a empresa tem evoluído seu modelo de negócio ano a ano. “Estamos sempre olhando para a transformação e em como o mercado agro precisa ser mais sustentável. Vimos que não são apenas as grandes empresas que podem e devem ter acesso a dados, mas as pequenas e médias também. Por isso, criamos uma solução enterprise, focada nesse ecossistema, para que o acesso a dados e leis possa ser mais democrático”, pontua o executivo. “Nós permitimos que o agro seja mais justo, transparente e otimizado. Aos poucos, vimos que empresas de diferentes setores têm a mesma demanda. E, com nossa experiência, sabemos olhar para todas essas dores e criar soluções a partir de todas as esteiras”, conclui.

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