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novembro 25, 2024
Hortifrúti

RELATÓRIO MOSTRA QUEBRA HISTÓRICA NA PRODUÇÃO DE LARANJA NO CINTURÃO CITRÍCOLA.

Estimativa aponta para uma das menores safras desde 1988.

A primeira estimativa de produção para a safra de laranja 2024/25 no Cinturão Citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro prevê volume de 232,38 milhões de caixas. De acordo com o relatório do Departamento econômico da Faesp, com dados da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) elaborada pelo Fundecitrus em parceria com outras instituições. O volume representa recuo de 24,4% em relação à safra anterior, sendo o segundo menor registrado desde 1988/89.

A produtividade média prevista é 24,2% menor à registrada no ciclo anterior, atingindo 691 caixas de 40,8kg por hectare, como consequência do déficit hídrico e calor excessivo enfrentado durante o ciclo, além do agravamento do greening e incidência de pragas como mosca-das-frutas e bicho furão.

Os setores Norte e Nordeste são os mais afetados, com quedas de produtividade de 46,3% e 57,9%, respectivamente, influenciadas por condições climáticas desfavoráveis e infestações por pragas. Em contrapartida, o setor Sudoeste apresenta recuperação em produtividade, com aumento na contribuição para a produção total.

Os setores Norte e Nordeste do Cinturão, incluindo regiões como Triângulo Mineiro, Bebedouro, Altinópolis, Votuporanga e São José do Rio Preto, apresentaram as maiores quedas de produtividade, de 46,3% e 57,9%, respectivamente. Essas regiões foram severamente afetadas pelas ondas de calor do último trimestre de 2023 e pela infestação de pragas. O setor Norte, que era responsável por 29% da produção na safra passada, agora representa apenas 21%.

Já o setor Sudoeste, que inclui Avaré e Itapetininga, teve uma recuperação significativa na produtividade, com um aumento de 25,2%, atingindo 979 caixas por hectare. Esse setor, que contribuiu com 19% da produção na temporada anterior, agora responde por 33% do volume total estimado. A melhora nas condições climáticas e a menor incidência de estresse hídrico contribuíram para essa recuperação. A taxa média de queda de frutos nesta safra está prevista em 18,5%, refletindo a alta incidência de greening.

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