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novembro 25, 2024
Pecuária

“Não é hora de tirar o pé da adoção da tecnologia”, afirma zootecnista

As oportunidades de investimentos do pecuarista em pastagens será um dos temas da primeira palestra do 10º Webinar Giro do Boi – Pasto Extraordinário que acontecerá na manhã desta quinta-feira, dia 02, às 8h30 (horário de Brasília). O zootecnista Guilherme Foresti Caldeira, gerente de marketing de campo da Corteva Agriscience e que será palestrante no evento, adiantou parte do conteúdo em entrevista ao programa desta quarta-feira.

“Amanhã a gente vai fazer uma apresentação dividida em duas partes. Na primeira parte, a gente vai falar um pouquinho para os nossos amigos sobre o momento atual da pecuária nacional dentro do contexto não só das oportunidades do mercado interno, mas também do mercado externo, e a gente vai fazer uma analogia bastante simples. A gente dividiu a história da pecuária em fases e, junto com estas análises, a gente vai linkar o consumo per capita, principalmente da população dentro de cada fase. […] Na verdade, o objetivo todo desta primeira parte da conversa é mostrar o tamanho das oportunidades que a gente tem dentro do contexto da produção da pecuária a pasto e, principalmente, quais são os caminhos que a gente deve seguir agora para que a gente consiga capturar todas essas oportunidades dentro de um contexto de responsabilidades, responsabilidade social, sustentável…”, revelou.

Conforme projetou o zootecnista, as oportunidades são “gigantescas” dentro deste contexto e, portanto, o aporte de tecnologia segue sendo essencial para aumento de produtividade e renda. “Manter pastagens livres das plantas daninhas – isso talvez seja um dos principais pilares para que a gente consiga ser competitivo economicamente dentro do contexto deste tipo de produção. Então embora a gente tenha um momento com algumas restrições, a gente entende, pensando em médio e longo prazos, que as oportunidades continuam sendo gigantescas e o Brasil realmente tem um potencial produtivo, por diversas razões, fantástico. E agora não é a hora de a gente tirar o pé da adoção da tecnologia, uma vez pensando que a atividade pecuária é de ciclo longo. Com certeza este momento que nós estamos passando vai mudar e aí o pecuarista tem que estar realmente com seus pastos preparados para conseguir atender estas oportunidades”, indicou.

O especialista disse que além de contexto de mercado, também abordará aspectos mais específicos do aumento de produtividade por meio da limpeza de pasto. “Amanhã a gente vai entrar um pouco mais em detalhes de todo o processo de acompanhamento e levantamento de plantas daninhas nas pastagens. Realmente temos que estar atentos. Agora com o metabolismo da planta (mais lento) por falta de chuva em algumas regiões e noites com temperaturas um pouco menores, a gente não indica fazer nenhum controle químico neste momento de aplicação foliar. A planta não está preparada para poder absorver este produto, tem um metabolismo um pouco mais lento e vai acabar prejudicando o controle destas daninhas. Mas […] o grande segredo da seca é você justamente conseguir ajustar a sua carga de lotação a sua capacidade de suporte, quantos animais você coloca naquela determinada área, porque como você tem uma diminuição muito drástica no potencial produtivo do seu capim, é importante você manter uma carga animal ajustada durante este período, porque senão você vai ter problemas quando você iniciar o seu período das águas. O seu pasto vai demorar muito mais tempo para recuperar. Então estar na propriedade, estar no campo e fazer toda esta averiguação constantemente para conseguir ajustar este processo de manejo é essencial”, recomendou.

Caldeira reforçou ainda que a equipe técnica e de representantes da companhia segue disponível para ajudar o produtor nesta missão de monitorar suas pastagens, ponderando as adaptações que devem ser feitas em período de pandemia. “Manejo é uma coisa bastante complexa, não é nada matemático, mas é importante a gente deixar este recado para o nosso amigo produtor e dizer que a nossa equipe também está à disposição, logicamente respeitando todas as regras específicas de cada estado dentro do momento da quarentena. Mas nos locais onde está aberto para este tipo de trabalho, até levando em consideração que é uma atividade em área aberta, fazer um acompanhamento num determinado pasto, a gente indica, sim. Se nós não pudermos ajudar presencialmente, mas que pelo menos o nosso amigo produtor faça este tipo de trabalho e mande fotos, mande informações via internet para nós, nós estamos preparados e de portas abertas para ajudar neste momento de seca”, completou.

Fonte: Giro do Boi

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