A fruticultura brasileira vem se tornando destaque no cenário internacional, sendo que o país figura hoje entre os 10 maiores exportadores mundiais de frutas. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas (Abrafrutas), neste ano, pela primeira vez na história, as exportações brasileiras deverão ultrapassar a barreira de US$ 1 bilhão.
Dentro da produção nacional de frutas, a melonicultura ocupa posição de destaque na pauta. na safra 2017/2018, por exemplo, foram exportados 224 mil toneladas de melão, rendendo US$ 163 milhões, valor 10% superior ao período anterior. Os estados do Rio Grande do Norte e Ceará, região de maior concentração de melonicultores no Brasil., juntos foram responsáveis por 99% do volume nacional produzido.
Os resultados das últimas safras comprovam a importância do melão para as regiões produtoras e para a economia brasileira. “Temos nos destacado no mercado europeu, nosso principal comprador, e atualmente somos referência em produtividade e qualidade. O melão é uma fruta que tem grande importância para a cadeia do agronegócio”, destaca Allyson Moura, engenheiro agrônomo, especialista em nutrição de plantas e RTV da Ubyfol, multinacional brasileira que desenvolve fertilizantes especiais.
Atualmente o cultivo de melão para exportação está dividido de forma igualitária entre o Rio Grande do Norte e Ceará. Segundo Moura, a estratégia de dividir a produção entre os dois Estados não é por acaso. “Metade da produção está concentrada em Mossoró/RN e a outra metade na região de Icapuí/CE. Essa divisão facilita a logística de escoamento do produto para o mercado internacional”, diz o profissional.
Produtos diferenciados
No Brasil, há uma grande diferença entre os melões ofertados para o mercado interno, e os frutos tipo exportação. De acordo com o engenheiro agrônomo, os compradores internacionais são extremamente exigentes em qualidade e validade, optando por frutos que possam ficar mais tempo nas gôndolas dos supermercados. Além disso, o mercado externo não aceita frutos com algum tipo de avaria. “Melões com um simples arranhão na casca ou um dano visual que não afeta a qualidade final do produto, são recusados pelos compradores europeus. Eles exigem uma fruta visualmente perfeita, com alto índice de qualidade, e pagam caro por isso”, diz. No mercado interno ficam os frutos que não atingiram o padrão para exportação, já que culturalmente esse mercado não paga o preço justo para frutos de alta qualidade.
Solo fértil
Não é por acaso que as regiões de Mossoró/RN e Icapuí/CE concentram a maior produção de melão do país. As condições edafoclimáticas nesses locais são ideais para o cultivo da fruta durante o período produtivo que se inicia em julho, até meados de março. Além disso, as condições de umidade relativa são positivas, bem como o solo. “O fator mais relevante para o sucesso no cultivo do melão é o clima. Condições climáticas adequadas permitem a produção da fruta, mesmo quando o tipo de solo não é propício”, diz o profissional da Ubyfol.
Outra grande vantagem do Brasil em relação aos outros países produtores de melão é o período da safra. Enquanto Espanha, Senegal e Chile estão finalizando suas produções, o Brasil está no auge da safra. “Somos os únicos no mundo que temos condições climáticas favoráveis para produzir melão de excelente qualidade de julho a fevereiro”, afirma o especialista.
Nutrição é fundamental
Atualmente, uma das justificativas para o sucesso da melonicultura nacional é a nutrição complementar. Todos os frutos destinados tanto para o mercado nacional, quanto para exportação, possuem uma alta exigência nutricional, com ciclo curto, em torno de 60 dias. Dessa forma, é necessário que seja realizada a complementação de nutrientes via folha.
De acordo com o engenheiro agrônomo, a nutrição via folha é essencial para complementar a necessidade nutricional da cultura, afim de que ela expresse todo seu potencial genético. Atualmente existem no mercado diversas tecnologias que permitem a aplicação do fertilizante junto aos defensivos agrícolas. “Os fertilizantes especiais da Ubyfol, por exemplo, podem ser aplicados em misturas com outros agroquímicos, possibilitando ao produtor, em uma única aplicação, realizar o manejo nutricional e fitossanitário”, diz.
Outro ponto fundamental para garantir a excelência em produtividade e qualidade, é a escolha do adjuvante ideal, ferramenta que permite uma melhor performance do conteúdo pulverizado sobre as plantas. Dessa forma, um bom adjuvante deve garantir que o conteúdo pulverizado atinja o alvo e penetre nas folhas, já que grande parte das doenças e pragas que acometem o melão se localizam em pontos de difícil acesso dos defensivos. Outra característica essencial de um bom adjuvante é a ação anti-espuma, uma vez que grande parte das misturas entre agroquímicos tendem a apresentar formação de espuma.
Nesse cenário a Ubyfol possui em seu portfólio uma tecnologia que oferece as ações espalhante, adesivo, surfactante, anti-deriva, penetrante e umectante, além de atuar como redutor de espuma, garantindo máximo aproveitamento de nutrientes e defensivos nas pulverizações agrícolas. “Muitas vezes o produtor está aplicando uma subdose que não será efetiva no controle de pragas e doenças, além de não nutrir corretamente as plantas”, diz Moura.
Na fase de enchimento do melão, garantir uma nutrição equilibrada é fundamental para que o produto atinja o padrão exigido pelo mercado exportador. O cálcio, por exemplo, é um dos elementos mais requeridos nessa fase, elemento responsável por garantir maior tempo de prateleira dos frutos. “O cálcio, o magnésio, o boro e o potássio são os principais elementos a serem trabalhados na fase final de desenvolvimento dos frutos, afim de que os mesmos obtenham o padrão de qualidade exigido”, finaliza o engenheiro-agrônomo.
Fonte: Rural Press