Confira o trabalho feito pelo pecuarista leiteiro Anselmo Senra Silva, titular da fazenda João de Barro, no município de Rio Pomba (MG)
A mastite é uma infecção no tetos das vacas que traz um desconforto para o animal e prejuízos para a qualidade do leite. No entanto, o problema foi resolvido na fazenda João de Barro, no município de Rio Pomba (MG).
A taxa de infecção no rebanho era de 26,9% em fevereiro do ano passado. Em abril deste ano, a taxa de incidência de mastite caiu para apenas 4,1% do rebanho de vacas em lactação.
“A fazenda trabalha a dez anos na pecuária leiteira, começamos o negócio num sistema de produção semi-intensivo. Em 2018, vimos a necessidade de ter uma escala maior de produção, por isso mudamos o sistema para o compost barn”, diz o pecuarista leiteiro, Anselmo Senra Silva, da fazenda João de Barro, no município de Rio Pomba (MG).
O produtor imaginou que ao mudar para um sistema mais tecnológico na produção leiteira, o problema da mastite seria resolvido.
No entanto, não foi isso o que aconteceu. Apesar da melhoria do ambiente para os animais, ainda faltava um trabalho a ser feito.
“O problema estava no manejo e na rotina da fazenda”, diz o pecuarista.
Capacitação de funcionários e melhoria de manejo do gado leiteiro
A ajuda da fazenda chegou com o apoio técnico da empresa de medicamentos veterinários MSD Saúde Animal.
“Começamos primeiramente com o treinamento e com a especialização da mão de obra”, diz Renato Sebastião da Silva, consultor em pecuária da MSD Saúde Animal.
Além do foco na capacitação dos funcionários, a propriedade passou a adotar mais protocolos de sanidade para enfim reduzir seus índices.
A mudança trouxe até mais alívio e segurança para a equipe de trabalhadores, segundo o zootecnista da propriedade, Rafael Xavier Vieira.
“Os trabalhadores ficavam até com medo de entrar na ordenha e se deparar com um caso novo de mastite”, diz Vieira.
Elevação da qualidade do leite
Com a mastite sob controle, o produtor viu a qualidade de seu leite aumentar com a queda de indicadores importantes como a contagem de células somáticas (CCS) e uma contagem bacteriana total (CBT).
Atualmente, o CCS da João de Barro está abaixo de 250 mil células por mililitro de leite (mL) e a CBT está abaixo de cinco mil unidades formadoras de colônias por mililitro (UFC/mL).
Segundo as Instruções Normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento os valores máximos permitidos para esses parâmetros são de 500 mil células/mL para CCS e 300 mil UFC/mL para CBT.