O relatório da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) destaca que, no mês de janeiro, as exportações de café solúvel alcançaram o equivalente a 318 mil sacas de 60 kg, volume que representa alta de 4,5% na comparação com o primeiro mês do ano passado. Os embarques geraram uma receita cambial de US$ 52,580 milhões ao país, registrando substancial evolução de US$ 40,8% frente aos US$ 37,336 milhões de janeiro de 2021.
Os cafés solúveis foram exportados para 83 países, sendo os Estados Unidos o principal destino do produto. Os norte-americanos importaram 65.651 sacas em janeiro, o que representa 20,9% do total. Na sequência vêm Rússia, com 33.449 sacas (10,6%); Myanmar, com 29.140 sacas (9,3%); Japão, com 17.946 sacas (5,7%); e Argentina, com 14.251 sacas (4,5%).
Os principais tipos de café solúvel remetidos ao exterior em janeiro de 2022 foram spray dried, com 203.116 sacas (63,9% do total); freeze dried, com 108.147 sacas (34%); “extratos”, com 6.719 sacas (2,1%); e coffee preparation, com o equivalente a 18 sacas (0,01%).
De acordo com Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da Abics, o desempenho reflete uma leve melhora no cenário logístico e, principalmente, a resiliência das fábricas brasileiras.
“A capacidade de produção das indústrias nacionais de café solúvel se destaca e permite que o Brasil siga honrando seus compromissos e mantendo seu market share, mesmo diante de preços da matéria-prima substancialmente elevados e da persistência dos gargalos logísticos. Janeiro, ao menos, foi um pouco melhor em relação à disponibilidade de contêineres, mas o espaço nas embarcações segue desafiador”, comenta.
O consumo de café solúvel no Brasil, em janeiro, recuou 3,1%. Os brasileiros consumiram o equivalente a 56.380 sacas, levemente abaixo das 58.200 sacas registradas no primeiro mês do ano passado.
“Ainda assim, a expectativa é que haja evolução ao longo do ano devido às ações que a Abics realiza, como a campanha Descubra Café Solúvel, e aos investimentos feitos pelas indústrias, que constroem novas plantas fabris e ampliam seu leque de produtos aos consumidores, ofertando, cada vez mais, qualidade e diversidade de preparo, evidenciando a versatilidade do café solúvel”, conclui Lima.
O relatório completo está disponível no site da Abics.