Projeto incluirá tecnologias de plantio digital e uma plataforma nacional de big data agrícola
A China anunciou um plano de ação de cinco anos para transformar digitalmente seu setor agrícola. O objetivo é aumentar a produção interna de alimentos e reduzir a dependência de importações, apontam agências internacionais e FAESP.
O Ministério da Agricultura da China informou na sexta-feira (25/10) que o plano, previsto para ser implementado até 2028, incluirá o desenvolvimento de tecnologias de plantio digital e uma plataforma nacional de big data agrícola.
A produção de grãos da China já deve superar um recorde de 700 milhões de toneladas métricas este ano, disse Zhang Xingwang, vice-ministro da Agricultura e Assuntos Rurais, a repórteres em uma coletiva de imprensa na sexta-feira. Apesar disso, o país ainda importa mais de 100 milhões de toneladas de soja e grãos anualmente, principalmente dos Estados Unidos e do Brasil.
A digitalização abrangerá diversos segmentos, incluindo fazendas, pecuária e pesca, visando reduzir custos, elevar a produção e aumentar a eficiência.
Para isso, o governo chinês investirá na modernização de máquinas e equipamentos agrícolas e apoiará pesquisas em agricultura inteligente. Não foram divulgados valores de investimento ou detalhes do plano de ação.
Embora o país tenha capacidade significativa de produção, ainda enfrenta desafios relacionados aos recursos naturais limitados e questões ambientais. Por isso, os investimentos na adoção de tecnologias como big data, sistemas de navegação por GPS e inteligência artificial funcionam como uma estratégia para garantir segurança alimentar à população chinesa.