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setembro 7, 2024
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Cecafé: 62% dos navios para exportação de café registram atrasos em junho

Em junho, 254 navios previstos para embarques de café sofreram atrasos ou alterações de escala nos principais portos brasileiros responsáveis pelo escoamento do produto, de acordo com o Boletim Detention Zero (DTZ), elaborado pela ElloX Digital em parceria com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O número corresponde a 62% dos 413 navios movimentados no mês passado, mostrou o boletim.

Segundo levantamento realizado pelo Cecafé junto a 30 exportadores associados, que representam 77% dos embarques totais, o Brasil deixou de exportar, somente em junho, 1,232 milhão de sacas de café (3.734 contêineres) devido a atrasos de navios, alterações de deadlines, rolagens de cargas e falta de espaços nos terminais portuários.

Esses embarques não consolidados no mês passado impediram a entrada de US$ 294,671 milhões (R$ 1,588 bilhão, considerando o dólar médio de R$ 5,39) nas transações comerciais do País e causaram prejuízo de R$ 4,7 milhões a essas 30 empresas, disse o Cecafé.

No Porto de Santos, principal ponto de saída do café brasileiro para o exterior, com representatividade de 69,1% no primeiro semestre, os atrasos envolveram 118 navios, ou 82% do total de 144 embarcações, segundo o conselho. Do total de 1,232 milhão de sacas de café que o Brasil deixou de exportar em junho, Santos foi responsável por 59%, ou cerca de 725 mil sacas (2.198 contêineres).

O diretor técnico do Cecafé, Eduardo Heron, destacou em comunicado que a continuidade e o aumento no número de navios com atrasos e alterações de deadlines refletem as limitações de infraestrutura e da falta de espaços físicos nos portos que embarcam o café brasileiro. Ele observou que, mesmo mantendo a liderança nas remessas do produto ao exterior, a representatividade do Porto de Santos vem caindo desde 2022, quando detinha 80% dos embarques.

Para Heron, é urgente promover o debate com os diversos elos do comércio exterior brasileiro, analisar os atuais impactos e prejuízos aos exportadores e buscar soluções que mitiguem os riscos logísticos e evitem a adição de despesas elevadas e não previstas nos embarques.

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