O açúcar, porém, abre em queda, mesmo com as consequências mapeadas nos cafezais do Brasil após os incêndios
Nesta manhã, as cotações das commodities agrícolas na bolsa de Nova York apresentam oscilações diversas. O café arábica, que havia fechado em queda na véspera, volta a subir e abre em alta de 1,25% para os contratos com vencimento em dezembro.
O preço está em US$ 2,5060 por libra-peso, o que supera o patamar estimado por alguns analistas, em julho, de que o grão ficaria entre US$ 2,30 e US$ 2,40.
A seca no Brasil foi o principal motivo para a elevação dos preços, por outro lado a demanda começa a enfraquecer e as negociações estão mais lentas, o que deve indicar uma volatilidade para os próximos dias.
O sócio do escritório Carvalhaes, especializado em café, Eduardo Carvalhaes explica que ontem houve um movimento de realização de lucros com o câmbio do dólar versus o real.
“Operadores realizando lucros e se ajustando a um cenário que sinaliza a economia americana seguindo saudável e, portanto, com o risco de recessão afastado no curto prazo. Os contratos de robusta na ICE Europe, em Londres, recuaram bem menos”, diz ele, o que respinga nos preços em Nova York.
De acordo com o analista, os problemas climáticos continuam em todo o mundo, e no Brasil permanecem indicando prejuízo para formação da próxima safra brasileira de café 2025, o que pode segurar as cotações em alta.
Os lotes para dezembro do cacau também sobem nesta manhã, a US$ 7.663 a tonelada, alta de 0,66%, com as negociações começando para os papéis desse vencimento.
Já o açúcar abre em queda de 0,60%, a despeito dos incêndios no Brasil e da incógnita sobre os prejuízos reais do volume das lavouras que foi queimado. Os preços estão a 19,77 centavos de dólar por libra-peso para os contratos de dezembro, de maior liquidez no momento.
Já o algodão reage mesmo com a fraca demanda global e estoques elevados, e abre subindo 0,43%, a 70,22 centavos de dólar por libra-peso para os lotes de dezembro.