Situação tem levado consumidores domésticos a competirem com importadores.
A recente greve na Argentina, maior exportadora mundial de farelo e óleo de soja, tem redirecionado a demanda global para o Brasil, o segundo maior fornecedor desses produtos. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa situação tem levado consumidores domésticos a competirem com importadores internacionais, resultando em um aumento nos prêmios de exportação e nos preços internos.
Os dados do Cepea indicam que a disputa acirrada entre os mercados interno e externo está influenciando significativamente os preços da soja no Brasil. Essa competição é uma consequência direta da interrupção das exportações argentinas, que forçou os importadores a buscar alternativas no mercado brasileiro.
Além disso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma queda na produção brasileira de soja para a safra 2023/24, com uma previsão de 147,68 milhões de toneladas. A Conab alerta ainda para a possibilidade de novos reajustes negativos devido aos recentes alagamentos no Rio Grande do Sul, o que pode impactar ainda mais a oferta e os preços da oleaginosa.
A situação atual coloca o Brasil em uma posição estratégica no mercado global de soja, mas também apresenta desafios para os consumidores internos que enfrentam preços mais altos.