Em julho deste ano o crescimento foi de quase 4% para as indústrias do agro
Em julho, a produção das agroindústrias brasileiras cresceu 3,7% em comparação com julho de 2023, segundo o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), elaborado pelo Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro). Nos sete primeiros meses deste ano, a agroindústria cresceu 3,3%, superando os efeitos negativos das enchentes que ocorreram no Rio Grande do Sul entre abril e maio.
Quase todos os segmentos manufatureiros se expandiram. Em julho, o principal destaque foi a recuperação da indústria de produtos têxteis, que avançou 11,2% em relação a julho do ano passado.
Ainda no segmento de produtos não-alimentícios, outro destaque foi a indústria de insumos agropecuários, que cresceu 8,5%. Mas, apesar do resultado expressivo, o FGV Agro destacou que o setor ainda sofre com os reflexos da tragédia climática no Rio Grande do Sul, que é um dos principais produtores de máquinas e equipamentos agrícolas.
A cautela dos produtores na compra de insumos, em um momento de queda dos preços de soja e milho, também pressiona o segmento.
Já a produção das indústrias de fumo e biocombustíveis teve retração em julho. O setor de fumo recuou 4,7%, ainda por causa dos impactos das enchentes sobre as fábricas gaúchas, e o de biocombustíveis, 0,3%, pressionado pelos efeitos da seca sobre a colheita de cana-de-açúcar no Centro-Sul.
No segmento de produtos alimentícios e bebidas, quase todas as indústrias avançaram. O aumento mais expressivo foi o da produção de bebidas alcoólicas, que cresceu 10,6% em julho, de acordo com o FGV Agro.