A Associação Brasileira da Indústria e Café – ABIC – definiu junto à Federação dos Cafeicultores do Cerrado um novo Termo de Cooperação que permite que as indústrias associadas sejam duplamente certificadas, sendo no Programa de Qualidade do Café – PQC – e por meio da Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, fornecida pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, para aqueles cafés que sejam provenientes do Cerrado Mineiro possuam o Selo de Origem e Qualidade.
A assinatura do convênio entre ABIC e a Federação é uma ação inédita, concluída em maio de 2019, com o objetivo de fornecer ao consumidor um café comprovadamente de qualidade, com os Selos Superior e Gourmet do PQC, e que tenha o Selo de Denominação de Origem, garantindo a qualidade e origem dos grãos, a sustentabilidade das colheitas e processos, entre outros.
“Para a Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, é um grande fator motivador oferecer essa dupla certificação para a indústria, como incentivo ao produto de melhor qualidade e garantindo a origem e a sustentabilidade em todas as etapas do café. É também um ótimo meio de ampliarmos a sinergia para disseminar o Selo de Origem e Qualidade do Café”, explica Francisco Sergio de Assis, Produtor e Presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado. Para ele, esse convênio demonstra o esforço dos cafeicultores em construir a primeira e, até o momento, única Denominação de Origem para o café no Brasil, ação inspirada nas famosas regiões de vinhos da Europa.
Para receber a dupla certificação, por parte da ABIC, o produto deve ter a certificação do PQC na categoria de qualidade “Superior” (com nota de 6,0 a 7,2) ou “Gourmet” (com nota de 7,3 a 10). E pela Federação, o produto deve conter em sua composição 100% do café de origem Cerrado Mineiro e estar em conformidade com o Programa de Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, ou seja, com bebida de qualidade mínima de 80 pontos, conforme metodologia da Associação de Cafés Especiais – SCA, originado de propriedades credenciadas junto à Federação, que cumpram todas as normas determinadas pela Denominação de Origem.
“Esse é um projeto antigo da ABIC que agora está oficializado. É um grande incentivo para as empresas adquirirem Certificações em seus produtos, garantindo qualidade e pureza nos produtos oferecidos ao consumidor. Temos a expectativa de que seja o pontapé inicial para – em breve – ser também uma alternativa às outras regiões cafeicultoras do País”, afirma Ricardo Silveira, presidente da ABIC.
As certificações não têm custo para as empresas interessadas. Para obter a certificação da ABIC, é necessário acessar o site abic.com.br/certificação. E para obter o Selo de Denominação de Origem, é preciso que a indústria adquira o café in natura com o Selo de Origem e Qualidade, e possa utilizar o selo para o café industrializado em sua embalagem. Mais informações no site www.cerradomineiro.org.