Em janeiro os preços médios locais do café arábica e conilon aumentaram
AGROLINK –Leonardo Gottems
No mês de janeiro, o Brasil, maior produtor mundial de café, registrou um feito notável ao exportar 3,9 milhões de sacas de café, pesando 60kg cada, marcando um volume recorde para o mês. Esses números representam um aumento significativo de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Rabobank destaca que, apesar dos persistentes gargalos logísticos no porto de Santos, o setor de café brasileiro continua a prosperar.
Um ponto de destaque nessas exportações é o expressivo aumento de 504% nas exportações de café conilon/robusta em comparação com janeiro de 2023. Este aumento é atribuído não apenas às limitações na oferta global de café robusta, mas também à boa disponibilidade e competitividade do conilon brasileiro. O Rabobank observa que os recentes ataques no Mar Vermelho têm contribuído para uma maior demanda pelo café conilon brasileiro.
O Centro de Comércio de Café do Brasil (Cecafé) aponta que, olhando para o futuro, os contínuos ataques no Mar Vermelho e a falta de chuva na América Central, impactando o fluxo de mercadorias pelo Canal do Panamá, levantam preocupações sobre possíveis aumentos nos custos de frete e escassez de navios e contêineres.
Em relação aos preços, os dados revelam que em janeiro os preços médios locais do café arábica e conilon aumentaram 1,7% e 8%, respectivamente, em comparação com o mês anterior. Em fevereiro, essa tendência de alta persiste, com o café arábica valorizando-se em 2,3% e o conilon em 4,8% em relação ao mês anterior.
No que diz respeito ao clima, janeiro viu um aumento nas chuvas na maioria das regiões produtoras de café, com exceção de Guaxupé. Apesar de um volume abaixo da média em 5 das 8 áreas, a safra continua favorável para uma boa colheita em 2024.