25.5 C
Franca
novembro 25, 2024
Agricultura

Regulamentação do mercado de carbono é tema no Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio

POR EQUIPE CAFÉPOINT

A presença de gases de efeito estufa na atmosfera é uma pauta central no Brasil. Falar de um mercado de carbono consiste em, diretamente, também tratar sobre sua regulamentação. Por isso, desde o ano passado, têm sido realizadas ações que visam criar um mercado de carbono regulado. É o caso do Decreto n. 11.075, publicado em maio de 2022, que instituiu o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa e que estabelece regras para elaboração de planos de mitigação de mudanças climáticas. 

Nesse mesmo sentido, em novembro, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou o Projeto de Lei n. 412/2022, que regulamenta o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) e que está, atualmente, em discussão na Comissão de Meio Ambiente. Em 2023, é esperada a implementação da Bolsa de Crédito de Carbono no Brasil, no Rio de Janeiro, após formalização do governo do Rio junto à Nasdaq Market Technology e à Global Environmental Asset Platform (GEAP).

Segundo o estudo “Oportunidades para o Brasil em Créditos de Carbono”, da ICC Brasil (Câmara de Comércio Internacional) em parceria com a WayCarbon, o Brasil tem potencial de suprir, já na próxima década, até 48,7% da demanda global do mercado voluntário e até 28% da demanda global do mercado regulado no âmbito da ONU.

O andamento do mercado regulado de carbono no Brasil, seus impactos nas atividades econômicas, no desenvolvimento social e na proteção ambiental e, especialmente, seus efeitos no agronegócio brasileiro, serão tema do primeiro painel do primeiro painel do 3º Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio (CBDA), Mercado de Carbono – Regulamentação Setorial. 

O congresso contará com especialistas em direito, economia agro e sustentabilidade e trará avaliação do mercado, além de discutir caminhos para a regulamentação e discorrer sobre o potencial brasileiro para ser um dos líderes globais em descarbonização.

O painel contará com Bianca Picado, bióloga e advogada do Martinez Associados, Daniel Vargas, coordenador do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV), e Natascha Trennepohl, sócia do Trennepohl Advogados. A moderação ficará a cargo de Grazielle Parenti, Head de Business & Sustainability no Brasil e LATAM da Syngenta.

Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio acontecerá no dia 29 de março. Além de Mercado de Carbono, ainda debaterá outros três temas atuais e fundamentais para o agronegócio brasileiro: Reforma Tributária e Regimes Fiscais Especiais, Investimento Estrangeiro e Direito de Propriedade – Proteções e Restrições e Bioeconomia e o Futuro das Cadeias Agroindustriais.

O evento é uma realização do Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA), promovido em formato híbrido: presencialmente, para convidados, em Brasília (DF), e transmitido virtualmente, de forma gratuita, pelo site oficial. 

Related posts

Mandioca: Brasil registra primeiro caso da doença vassoura-de-bruxa

Fabrício Guimarães

Safra 2021/2022 fecha com exportações de suco de laranja em alta

Fabrício Guimarães

Lavouras de café não requerem tanto cloro

Fabrício Guimarães

Deixe um comentário

Usamos cookies para melhorar sua experiência no site. Aceitar Leia Mais