Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, as vendas da safra 2021/22 foram mais tímidas em termos de volume recentemente, embora o percentual comprometido tenha avançado bem. “A quebra de safra brasileira 2021 associada ao elevado percentual já vendido pelo produtor justifica essa postura mais curta. Destaque às posições com arábica, que alcançam 35% da safra 2021”, indica. Em regiões como o Cerrado de Minas se aproximam de 60% da safra vendida. No Sul de Minas e São Paulo, as vendas ficam 42% e 50%, respectivamente. A volatilidade na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e a firmeza do dólar garantem preços elevados para as posições com safras futuras, diz Barabach. E as negociações seguem em bom ritmo. As bebidas melhores avançam acima da linha de R$ 750,00 a saca para entrega em Setembro/2021, enquanto as bebidas mais finas se aproximam de R$ 800,00 a saca para entrega em Setembro/2022. “Um patamar de preço bem acima da média histórica deflacionada (trazida a valores atuais). E o produtor vem sabendo aproveitar o bom momento, escalonando vendas”, comenta. 2022/2023 O preço alto e o cenário de maior folga na oferta elevam o interesse para negociações com a safra brasileira 2022/23, pondera o consultor. “É que depois da quebra deste ano a expectativa é de retomada produtiva em 2022”, observa, ressaltando que o parâmetro inicial é a safra recorde de 2020. O destaque é para as operações de barter (troca) e também para as fixações direta junto as tradings. Barabach indica que a ideia preliminar é que cerca de 20% da safra brasileira 2022/2023 (será colhida em 2022) de arábica já esteja vendida. No conilon não há registro de venda antecipada para 2022. “Já se percebe também uma maior movimentação de venda para safra 2023, especialmente nas operações de barter. É o produtor alongando o bom momento para suas receitas futuras”, conclui. Mais informações você pode conferir na SAFRAS Consultoria. Fonte: Agência SAFRAS