Para o Instituto de Embalagens, a rotulagem ambiental capacita os consumidores a tomar decisões informadas e alinhadas com menor impacto ambiental.
São Paulo – A rotulagem ambiental é um dos fatores que mais pesam na hora do consumidor escolher os produtos nas gôndolas. Na Europa, 41% da população trocou de marca por causa da embalagem, que não tinha atributos de sustentabilidade, de acordo com dados apresentados pela Pro Carton – The Association of Carton and Cartonboard Manufacturers, durante a segunda edição do Pack Trend. A identificação correta dos materiais de embalagem possibilita um processo de reciclagem mais eficiente e reduz o impacto ambiental.
Para que o descarte seja correto ou reutilizável, é importante que o consumidor se conscientize sobre simbologia, rotulagem e certificações ambientais dos materiais. Os símbolos nas embalagens e rótulos educam os consumidores sobre a importância da separação dos resíduos e do reaproveitamento dos materiais. Eles promovem o consumo consciente, incentivando-os a aprender mais sobre o impacto ambiental de suas escolhas no ponto de venda.
Para a diretora do Instituto de Embalagens, Assunta Napolitano Camilo, a identificação correta dos materiais de embalagem possibilita um processo de reciclagem mais eficiente e reduz o impacto ambiental. “A rotulagem ambiental fornece aos consumidores informações transparentes sobre o impacto ambiental de um produto ao longo de seu ciclo de vida, desde a produção até o descarte. Isso permite que os consumidores tomem decisões mais informadas e conscientes ao escolherem produtos”, disse.
As certificações ambientais são fundamentais no esforço das empresas em buscar a sustentabilidade em suas cadeias de fornecimento. Para que o produtor tenha o selo de reciclado, é necessário comprovar que esses materiais são efetivamente recuperados e que contêm, por exemplo, pelo menos 50% desse insumo, que pode ser pré ou pós-consumo.
Afirmações falsas ou enganosas sobre um produto se enquadram na prática de greenwashing. Regulamentações rigorosas, padrões transparentes e a educação contínua do consumidor são cruciais para mitigar esses desafios. E caso o consumidor seja lesado, o Código de Defesa do Consumidor diz que é expressamente proibida a promoção de produtos ou serviços que estejam em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes, que não sejam reconhecidos. “Evitar o greenwashing nas embalagens é essencial para garantir a transparência e a integridade das informações ambientais fornecidas aos consumidores”, afirmou Assunta Napolitano Camilo.
Exemplos
A lata de Nescau da Nestlé escolheu, através da rotulagem, informar todos os diferentes tipos de materiais presentes. Através da campanha ‘Vamos Reduzir’, iniciativa da própria marca, buscou-se uma forma de falar de sustentabilidade, de mostrar transparência e no que está por vir.
Na Alemanha, houve evolução da conscientização do consumo em relação à educação ambiental. No país, por exemplo, há uma correta prática de descarte de garrafas: eles separam a garrafa da tampa, sem necessidade de comunicar e solicitar aos consumidores.
Sobre o Instituto de Embalagens
Fundado em 2005, o Instituto de Embalagens existe para capacitar e educar profissionais do setor da indústria de bens de consumo sobre a importância de desenvolver embalagens melhores para um mundo melhor. Para isso, realiza palestras, workshops, cursos e representa o Brasil no exterior em eventos. A diretora do Instituto, Assunta Napolitano Camilo, possui mais de 40 anos de experiência na área, atuando em importantes corporações do setor como Cyklop, AMCOR, Tetra Pak e Ripasa nas áreas de Desenvolvimento, Planejamento Estratégico e Gestão de Embalagens. A entidade já publicou 24 livros e realizou 107 cursos e 142 eventos, com a participação de mais de 18 mil profissionais. A crença do Instituto de Embalagens é que embalagens melhores promovem um mundo melhor.