Evento de lançamento será realizado no próximo dia15 de abril, com o seminário “Comunicar é Negociar Fora da Bolha”, evento que destacará as diversas possibilidades de aplicações sustentáveis da soja
Com o principal objetivo de construir uma ponte entre o potencial econômico, social e ambiental do Agro Tropical tecnológico e os anseios do público urbano global, que demandam um alimento mais saudável, inclusivo e sustentável, priorizando o enfrentamento das mudanças climáticas, surge a Rede Soja Sustentável. “Nós já temos as condições tecnológicas, a capacidade empresarial e de gestão que podem fazer do Brasil o líder da Bioeconomia Tropical global”, afirma o Presidente da Rede Soja, o empresário Cesar Borges de Sousa, ressaltando a importância de um ambiente de diálogo e de construção colaborativa de uma nova agenda de esperança para o Brasil, referenciada em Ciência, eficiência e inclusão social, conclui.
A Rede Soja e o Instituto Fórum do Futuro (parceiros da iniciativa), já conseguiram reunir para debater e elaborar uma visão de médio e longo prazos o Banco Mundial, a FAO, a Embrapa, a USP, a Universidade de Lavras, e a representação dos empresários e dos produtores, estes através da Aprosoja-MT. Todos estarão presentes no evento de lançamento da Rede Soja Sustentável, no próximo dia 15 de abril, quando será dado o primeiro passo concreto para a aproximação entre as perspectivas do Rural e do Urbano através do diálogo, com o seminário Comunicar é Negociar Fora da Bolha.
Realizado no Espaço Cubo Itaú, localizado na Alameda Vicente Pinzon, 54, Vila Olímpia, em São Paulo, o seminário reunirá especialistas, representantes do setor e empresas líderes, como a Caramuru, EDB Polióis Vegetais, e representantes do terceiro setor. “Vamos dar especial atenção aos jovens, que já representam 40% do mercado e mais do que isso são os donos do futuro”, diz Cesar Borges. Na sua visão, sem um diálogo transgeracional, o Brasil terá dificuldades de pactuar uma estratégia para inserção de seus produtos na nova configuração geopolítica e comunicacional do mundo atual.
“Queremos mostrar à sociedade a enorme versatilidade da soja, seu fabuloso potencial de novas e promissoras aplicações e suas características, totalmente adequadas às práticas ambientais, sociais e de governança da chamada ESG”, diz César Borges.
A soja é transformada em mais de mil produtos que chegam aos consumidores urbanos sob a forma de alimentos diversos: remédios, cosméticos. biocombustíveis e até da construção civil – já são comercializadas casas erguidas com placas feitas a partir do óleo de soja. De outro, prevalece no olhar urbano uma percepção crítica com relação a agenda socioambiental do setor soja no País.
O Seminário vai debater alguns dos aspectos mais sensíveis e ignorados quando se trata de discutir políticas públicas e privadas envolvendo a Bioeconomia no Brasil:
– Sem organização das cadeias produtivas referenciada pela visão científica é virtualmente impossível realizar o desenvolvimento sustentável – por exemplo, a Amazônia, que abriga 28 milhões de pessoas, exige um modelo de geração de emprego e de renda dignos, assegurando ao mesmo tempo a sustentabilidade do processo;
– O grande potencial de novos empregos sustentáveis encontra-se na industrialização e nos serviços envolvendo os produtos de base biológica. É o casamento entre o Agro e o Industrial patrocinado pela orientação científica.
“E, em seu conjunto e valor agregado, esse segmento tem a capacidade de acionar um novo ciclo de crescimento virtuoso da economia brasileira”, explica o diretor-executivo do Instituto Fórum do Futuro e especialista em comunicação estratégica, Fernando de Barros.
As ‘casas de soja” prometem revolucionar a indústria da construção civil. Além de suas propriedades térmicas (temperatura interna inferior em 7 graus no comparativo com a construção convencional), esses painéis apresentam características de isolamento acústico, e reduzem drasticamente as perdas na construção civil, que hoje chegam a 30 a 40%.
A eficácia desses painéis na redução de resíduos e emissões de CO2 foi reconhecida com o Prêmio Colmeia Bayer, conferido em parceria com a multinacional alemã e o Parque de Inovação Tecnológica São José dos Campos. “Essa premiação confirma o sucesso do projeto de utilização do poliol na construção civil, em duas frentes: primeiro, ao efetivar a redução de resíduos, fomentando a economia circular; e em segundo lugar, por propiciar a diminuição da emissão de CO2 em processos produtivos”, destaca Ana Paula Preto Rodrigues, consultora da EDB e CEO da Agrogreen Arquitetura e Urbanismo Ltda.