O Brasil produziu menos neste ano-safra em relação ao ciclo passado e, paralelamente a isso, diz Guilherme Morya, analista do Rabobank e destacou que houve problemas relativos ao clima e a desinvestimentos em alguns polos de cafeicultura em países da América Central, como Costa Rica, Guatemala e El Salvador. De acordo com ele, na África, Quênia e Tanzânia também deverão registrar queda
Para a safra 2019/20, o banco holandês estima que a produção brasileira vai alcançar 57,6 milhões de sacas, graças ao incremento do conilon, cuja colheita deverá somar 19,5 milhões de sacas. Já a de arábica, segundo o Rabobank, deverá cair para 38,1 milhões de sacas. Caso se confirme a perspectiva do banco, o volume total será 8,13% menor que em 2018/19, quando a produção brasileira alcançou o recorde de 62,7 milhões de sacas. Já para 2020/21, Morya não arrisca um número específico, mas projeta uma produção semelhante ao recorde de 2018/19.
“Existe uma chance inclusive de superarmos o recorde. A produção de conilon foi recorde em 2019/20 e deverá ser novamente em 2020/21”, estimou ele. No caso do arábica, questões como a geada em julho, a falta de chuvas no pós-florada e a florada antecipada de agosto têm deixado cafeicultores apreensivos.
“No entanto, a principal florada da safra foi uniforme e esperamos maior oferta de café de qualidade, o que não tivemos em 2019/20”. Ele ainda aposta que a entrada em produção de novos pés de café, resultado de uma expansão de área em 2015 e 2016, quando os preços do grão estavam mais altos, devem resultar em uma colheita mais elevada do arábica, o que, aliado ao fato de ser um ano de bienalidade positiva, deve garantir uma oferta elevada no país.
Fonte: Rabobank