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novembro 25, 2024
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Preços mundiais dos alimentos subiram ao maior nível em 18 meses em outubro

Segundo a FAO, a maior alta ocorreu nos preços dos óleos vegetais

Os preços globais dos alimentos subiram em outubro para seu nível mais alto em 18 meses, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O índice de preços da entidade, que rastreia o comércio global de uma cesta de alimentos básicos, teve uma média de 127,4 pontos em outubro, o que representa 2% de crescimento em relação ao nível revisado de setembro e 5,5% maior que no mesmo mês de 2023.

Segundo a FAO, todos os grupos de alimentos monitorados tiveram alta no mês passado, com exceção das carnes. O destaque foram os óleos vegetais, que subiram 7,3%.

Os preços internacionais do óleo de palma subiram pelo quinto mês consecutivo em outubro, impulsionados por uma produção menor do que o esperado no Sudeste Asiático. Os preços do óleo de girassol e de canola também aumentaram devido às perspectivas de menor produção, e os preços do óleo de soja subiram ao acompanhar outros mercados e o petróleo.

As negociações mundiais de açúcar registraram um aumento de 2,6% em outubro, motivadas por preocupações com as perspectivas da safra brasileira devido ao clima seco. “O enfraquecimento do real brasileiro em relação ao dólar americano e a melhora das chuvas nas principais áreas de cultivo do sul do país limitaram o aumento geral”, disse a FAO.

Os preços dos cereais subiram 0,8% devido às cotações mais altas do trigo e do milho. Os aumentos internacionais dos preços do trigo refletem amplamente as preocupações com as condições climáticas desfavoráveis ​​nos EUA, Rússia e União Europeia, juntamente com a reintrodução de um piso de preço não oficial na Rússia e o aumento das tensões na região do Mar Negro. Os preços do milho refletem as condições secas na Argentina e a demanda estável por milho ucraniano, disse a FAO.

Já os valores médios dos leites e laticínios aumentaram 1,9% em outubro. Segundo a entidade, isso reflete a oferta limitada em meio à alta demanda de importação de queijo na União Europeia, juntamente com a queda na produção de leite. Os preços mundiais da manteiga também subiram pelo 13º mês consecutivo, devido à alta demanda, estoques limitados e produção sazonalmente baixa de leite na Europa Ocidental.

Na ponta das baixas, os preços da carne caíram 0,3% no mês, refletindo o aumento do abate de carne suína na Europa Ocidental e à fraca demanda internacional. Os preços das aves caíram ligeiramente, enquanto a carne ovina permaneceu estável e os preços da carne bovina subiram ligeiramente.

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