Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), a cotação do boi e a da vaca gordos subiu R$ 3 por arroba, para R$ 235 e R$ 210 por arroba, respectivamente
O mercado físico do boi gordo foi marcado por aumentos de preço nesta terça-feira (20/8), tanto do gado convencional quanto do “boi China”, animal com características específicas para produção de carne que será exportada aos chineses. O movimento veio “com o cenário menos ofertado e escalas [de abate] atendendo a menos dias, em média, oito dias”, disse a Scot Consultoria.
Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), a cotação do boi e a da vaca gordos subiu R$ 3 por arroba, para R$ 235 e R$ 210 por arroba, respectivamente. Para a novilha, a alta foi de R$ 5 por arroba, para R$ 225 por arroba, conforme dados da Scot. O levantamento considera os preços brutos e a prazo, no comparativo diário.
A cotação do boi China, por sua vez, subiu R$ 2 por arroba, para R$ 237 por arroba. Com o avanço nos preços do gado convencional, o “prêmio” do boi China ficou mais estreito na região.
Em Mato Grosso, por exemplo, o cenário é de estabilidade para o gado gordo, em geral, mas os diferenciais de preço pagos pelo boi China estão mais altos.
Segundo a Scot, o boi China está sendo negociado em R$ 215 por arroba em Mato Grosso. O ágio é de R$ 5 por arroba no norte do Estado e em Cuiabá (MT). No sudoeste mato-grossense, esse diferencial chega a R$ 8 por arroba em relação ao valor do gado convencional, que está em R$ 207 por arroba.
Carnes
Até a terceira semana de agosto, o volume de carne bovina in natura exportado foi de 109,7 mil toneladas, conforme dados do governo federal. A média diária alcançou 9,1 mil toneladas, avanço de 13,5% em relação ao volume enviado por dia ao exterior em agosto do ano passado.
O ritmo aquecido no volume de vendas ajuda a diminuir a pressão de queda sobre os preços. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4,4 mil, recuo de 2% na comparação com o mesmo período de 2023.
No mercado interno, a Associação Paulista de Supermercados (Apas) identificou queda nos preços dos cortes bovinos no varejo em julho, e o menor patamar das cotações externas contribuiu para isso, além do ciclo de alta oferta de gado.