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novembro 25, 2024
Agricultura

Monitoramento da Secretaria de Agricultura de SP revela aumento no consumo interno com leve retomada nas operações de diferentes setores do agro

Relatório do Grupo Técnico de Monitoramento visa promover meios para que o abastecimento seja sustentado e ampliado em todo o Estado.

O Grupo Técnico de Monitoramento do Abastecimento de Alimentos e Produtos Agropecuários no Estado de São Paulo lança seu décimo primeiro diagnóstico atualizando os principais impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) ao setor. Os dados englobam toda a cadeia, nos 645 municípios, e valem de 08 a 19 de junho 2020. Entre os destaques do relatório está o aumento do consumo interno, puxado pelo abrandamento da distância social.

A ANEC (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) registra que, mesmo diante do atual cenário da pandemia, o setor agropecuário vem apresentando bons resultados no Brasil, com um crescimento do PIB de 1,9% em 2020, comparado ao mesmo período do ano anterior. Uma safra recorde vem sendo colhida e o setor tem sido capaz de escoá-la para os mercados consumidores, tanto interna quanto externamente. A automação presente em toda a cadeia (fazendas, logística interna, armazéns, terminais portuários) aliada às medidas de segurança implementadas por todos os entes da cadeia tem garantido a continuidade das operações.

Isso é comprovado pelo crescimento total de exportação de carne bovina na ordem de 9,1% entre janeiro e maio de 2020, quando comparado ao mesmo período de 2019. Em função da alta demanda externa, volta do consumo interno de cortes mais nobres, retomada leve do food service e falta de oferta de animais para abate, nota-se preços firmes com tendência de alta para a carne bovina na primeira quinzena de junho.

A carne de frango atinge estabilidade entre oferta e demanda indicando para junho preços em forte recuperação e tendência de alta, com o mercado interno se ajustando e o bom desempenho das exportações. As negociações externas da proteína cresceram 5,6% entre janeiro e maio de 2020, quando comparadas ao mesmo período de 2019, sendo a China o principal destino do produto brasileiro (responsável por 15% das exportações).

As exportações totais de carne suína também cresceram 35,1% entre janeiro e maio de 2020 e a demanda interna está mais aquecida, diante do afrouxamento gradual da quarentena em diversas regiões do país. A melhora nas vendas do animal vivo e da carne, especialmente no início do mês, elevou as cotações de todos os produtos de origem suinícola.

Embora o preço da arroba suína tenha se mantido estável, o preço continua não cobrindo os custos de produção, o que ilustra a maior preocupação do setor.

Já a demanda por ovos, primeiro substituto direto da carne de frango, começou a diminuir, fazendo com que as cotações da caixa de 30 dúzias caíssem 10% em junho quando comparado a maio.

No setor de food service é observada tendência de indícios de futura recuperação à medida que as  ações de distanciamento social começam a ser atenuadas por todo o país. A redução média de operação das últimas três semanas passou da marca de -50% para -47%.

O faturamento dos distribuidores que atendem a cadeia continua registrando queda no mês de junho: aproximadamente 5% entre a primeira e segunda semana de junho, em comparação ao mesmo período do ano de 2019. Embora ainda negativa, é a melhor marca já registrada desde o início da pandemia.

A mesma movimentação se percebe na demanda pelo serviço de transporte rodoviário de carga, que, embora ainda se mantenha em queda, registra recuos cada vez menores. Decrescimento passou de -38,8% no final da 2ª quinzena de maio, com leve recuperação no final da 1ª quinzena de junho, chegando a -34,4%.

O Grupo Técnico de Monitoramento do Abastecimento de Alimentos e produtos agropecuários no Estado de São Paulo é composto pelo secretário de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Diniz Junqueira, Presidente da InvestSP (Agência de Promoção de Investimentos e Competitividade), Wilson Mello, representantes da Prefeitura, da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), Associação Paulista de Supermercados (APAS), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (FETCESP), Instituto de Food Service Brasil e outros importantes representantes do setor privado.

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