“No mercado doméstico, poderá haver a disputa entre indústrias e exportadores”.
A recomendação da TF Agroeconômica para o mercado de milho permanece a mesma da semana passada, de segurar o que ainda tem, pois o milho tem boas chances de subir os preços a curto prazo, tanto no Brasil, quanto em Chicago, entre abril e julho. “Depois disto haverá, até setembro, a pressão da oferta brasileira e argentina e depois tenderá a subir novamente, com a menor oferta norte-americana. No mercado doméstico, poderá haver a disputa entre indústrias e exportadores a partir de setembro, o que é mais um fator de alta interna”, comenta.
“No entanto, como o milho tem o petróleo como uma das bases de sua formação de preços, o conflito Israel X Irã pode, ao longo da semana, gerar grandes oscilações, tanto no preço do cereal, como do dólar e do petróleo, a depender da evolução das negociações. Qualquer pico de valor deve ser analisado, visto que em outubro passado, o início do conflito Israel X Hammas alterou o rumo das cotações por quase 30 dias”, completa.
Na quinta, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires cortou sua projeção de 52 milhões para 49,5 milhões de toneladas. “Somente no centro-norte de Santa Fé e no norte de Córdoba, 150 mil hectares de milho tardio que foram atacados pela praga agora serão destinados a forragem, disse a bolsa. No Nordeste e no Noroeste do país, o rendimento também vem diminuindo por causa da cigarrinha-do-milho e do estresse hídrico e térmico. A parcela da safra de milho em condição entre normal e excelente caiu para 64%, de 68% na semana anterior. Já a parcela em condição regular ou ruim aumentou de 32% para 36%”, indica.
“A China cancelou recentemente algumas encomendas de milho para ração animal da Ucrânia, e há preocupações crescentes de que irá cancelar remessas adicionais de milho da Europa para ajudar a vender mais do seu grão de origem local. A China está saindo de uma produção recorde de milho na safra 23/24”, conclui.