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novembro 25, 2024
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Grupo Cereal faz segunda emissão de CRA no ano, agora de R$ 450 milhões

Em janeiro, esmagadora e trading goiana havia feito uma emissão de CRA de R$ 300 milhões

O Grupo Cereal, empresa de trading e industrialização de soja de Goiás, fará uma nova emissão de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA), no valor de R$ 450 milhões. Em janeiro, a companhia, fundada pelo empresário e produtor Evaristo Lira Barauna, havia feito uma emissão de CRA de R$ 300 milhões.

Os títulos, lastreados em debêntures próprias, serão emitidos pela securitizadora Virgo.

Elder Simm, diretor financeiro do Grupo Cereal, disse que os recursos serão destinados para capital de giro da nova esmagadora de soja inaugurada em outubro. A unidade nova tem capacidade para processar 1 mil toneladas por dia. Com ela, a empresa está ampliando o seu processamento diário de soja de 2 mil toneladas para 3 mil toneladas.

A emissão do CRA será feita em três séries, uma com vencimento em cinco anos, uma em sete anos e a outra, em dez anos. A primeira série terá remuneração equivalente ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) acrescido de 1,10% ao ano. A segunda série oferecerá remuneração equivalente à Nota do Tesouro Nacional Série B (NTN-B 2030) mais 1,35% de juros ao ano, ou IPCA acrescido de 7,5% ao ano — a variação que for maior entre os dois. A terceira série terá remuneração equivalente à NTN-B 2033, mais 1,65% de juros ao ano, ou IPCA mais 7,80% ao ano — dos dois, o que tiver maior variação.

A distribuição será feita por BB Investimentos (que também atua como coordenador líder), BTG Pactual, Safra, Bradesco BBI, Itaú BBA e Santander. O agente fiduciário e representante dos titulares dos CRA no âmbito da emissão será a Oliveira Trust Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.

As cláusulas (covenants) que a empresa tem de seguir, como forma de garantia para os credores, preveem que a dívida líquida não pode ultrapassar o equivalente a 3,75 vezes o seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês). Além disso, a razão entre o ativo circulante e o passivo circulante deve ser igual ou maior que um.

Em 2023, a dívida bruta do Grupo Cereal era de R$ 1,15 bilhão, sendo 76% da dívida com pagamento em até três anos. O nível de alavancagem, medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda, estava em 0,81 vez.

No ano passado, o Grupo Cereal registrou receita operacional líquida de R$ 4,1 bilhões, Ebitda de R$ 222,3 milhões e lucro líquido de R$ 119 milhões.

A empresa originou 1,54 milhão de toneladas de milho e soja, vendeu 602 mil toneladas de soja em grão e 221 mil toneladas de milho em grão e industrializou o restante. Para 2024, a estimativa é atingir receita de R$ 4,72 bilhões, com originação de 1,73 milhão de toneladas de grãos, conforme o prospecto da oferta do CRA.

A meta do grupo é crescer gradualmente, chegando a uma originação de 2,5 milhões de toneladas até 2028. A receita projetada é de R$ 7,19 bilhões.

Como parte do plano de expansão dos negócios, o Grupo Cereal planeja investir R$ 240 milhões entre 2025 e 2027 para modernizar e ampliar unidades de armazenagem, elevar a capacidade de esmagamento em 165 mil toneladas por ano, e a de produção de biodiesel em 200 metros cúbicos por dia, além de instalar duas novas unidades de armazenagem de grãos.

Os CRA serão distribuídos publicamente no mercado primário a investidores profissionais e qualificados. O período de reserva dos títulos vai até 8 de novembro.

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