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novembro 25, 2024
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Debate sobre o poder da agricultura do Brasil e o futuro com base em tecnologia e sustentabilidade marcam o 8º FÓRUM LIDE DE AGRONEGÓCIOS

O tema central “A inserção internacional do Agronegócio” do 8º FÓRUM LIDE DE AGRONEGÓCIOS provocou a discussão de assuntos como novos mercados, segurança jurídica, abertura comercial, tecnologia e meio ambiente. Realizado nesta sexta-feira (04), no Hotel JP, em Ribeirão Preto – SP, o fórum reuniu líderes do agronegócio, entre autoridades, empresários e especialistas. Neste ano, o evento trouxe ainda como novidade o “Prêmio Startup”. Em parceria com a Onovolab, maior centro de inovação independente do País, o LIDE reconheceu as melhores ideias e soluções focadas para o setor. A vencedora foi a startup “Olho do Dono”.

Na abertura do fórum, estiveram presentes importantes autoridades como o secretário adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Flávio Bettarello; o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo; o vice-governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia; Manoel de Queiroz Pereira Calças, presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; o deputado federal Arnaldo Jardim; o secretário estadual da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Gustavo Junqueira; o prefeito da cidade-sede, Duarte Nogueira; Celia Pompeia, vice-presidente executiva do Grupo Doria; Mônika Bergamaschi, presidente do LIDE AGRONEGÓCIOS; o chairman do LIDE Ribeirão Preto, Maurilio Biagi Filho e o presidente do LIDE Ribeirão Preto, Fábio Fernandes; além de presidentes e dirigentes de empresas, cooperativas e especialistas.

O debate de abertura reforçou a inserção internacional do agronegócio como tema que vem ganhando cada vez mais espaço na mídia, ressaltou Mônika Bergamaschi. “Quando escolhemos essa pauta para o Fórum deste ano, não imaginávamos que tudo estaria com essa efervescência que está hoje. Não me lembro na minha história de ter visto esses assuntos com tanta ênfase. Nós sairemos daqui com a reflexão de o que devemos fazer para colocar o Brasil onde ele precisa estar”, concluiu.

Ainda na abertura, as lideranças trouxeram um tom patriota e destacaram a agricultura brasileira como pujante e que alavanca de forma importante o setor no País. De acordo com Flávio Bettarello, o Ministério da Agricultura e o Governo Federal estão firmemente empenhados para esse projeto de Brasil, de Nação forte, para o qual todos neste encontro estão comprometidos. “O Brasil é e continuará sendo uma potência agroambiental. Nós somos o país que poderá resolver esse grande desafio de conciliar segurança alimentar e nutricional”, destaca. Rodrigo Garcia também seguiu o mesmo tom afirmando que “graças ao agronegócio o Brasil não faliu nos últimos anos” e explicou que mesmo com todas as dificuldades, foi o agronegócio que salvou o PIB brasileiro nos últimos anos. “Enfrentamos crises econômicas e políticas, mas o agro, com suas ações individuais, com sua capacidade de inovação e investimento na pesquisa, conseguiu superar dificuldades e se desenvolver”.

Gustavo Junqueira lembrou a importância da geração de empregos, do cooperativismo e da melhora da gestão pública e também afirmou que é necessário melhorar a governança em relação aos incêndios e discutir junto com os países líderes do setor, do qual o Brasil tem potência para embarcar. “Vamos trabalhar para que tenhamos um país muito mais sustentável, eficiente e produtivo”, destacou. Maurílio Biagi Filho enfatizou a importância de uma comunicação eficaz. “Temos que parar de reclamar e agir. No Brasil, são gerados mais de um milhão de toneladas de produtos, se um real por tonelada de produto fosse destinado à Comunicação e Marketing, teríamos 1 bilhão de reais para investir.”

O primeiro painel discutiu Tecnologia e Meio Ambiente, com exposição e debate de Almir Araújo Silva, líder em Agricultura Digital da BASF, e Caio Penido, presidente do GPTS – Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável. Ambos falaram sobre a importância de unir o país em defesa do meio ambiente e o protagonismo dos produtores rurais que precisam transformam o que hoje é um passivo, em ativo.

Segurança Jurídica no Agro foi o tema do painel 2, com participação de Manoel de Queiroz Calças, presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; Jacyr Costa Filho, diretor Região Brasil da Tereos, e Roberto Rodrigues, embaixador especial da FAO para o Cooperativismo e ex-ministro da Agricultura. Calças anunciou, em primeira mão, a inauguração, em breve, de uma vara especializada em Direito Empresarial na 6 região, que é a de Ribeirão Preto. “O direito empresarial é fundamental para garantir a segurança jurídica no setor de agronegócios e descentralizar as varas especializadas é um grande avanço.”

O painel 3 tratou da Abertura Comercial e Perspectivas para o Agronegócio com a participação do professor sênior de Agronegócio Global do Insper e titular da Cátedra Luiz de Queiroz da Esalq – USP 2019, Marcos Jank; do secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo; e de Ligia Dutra, superintendente de Relações Internacionais da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). A discussão foi sobre conjunturas, macrotendências, abertura e estrutura em torno da internacionalização do agronegócio.

No último painel, Agronegócio: percepção dos mercados, as lideranças que fizeram parte foram Marcello Brito, presidente da ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio; Marcos Quintela, CEO do VMLY&R Group no Brasil e presidente do LIDE Comunicação, a deputada federal Joice Hasselmann; e Pedro Celso Gonçalves, vice-presidente da APAS (Associação Paulista de Supermercados). Os destaques foram a comunicação e imagem do agronegócio interna e externamente. A deputada destacou que o agronegócio não pode ser vendido como vilão. “Nós precisamos reunir as grandes cabeças pensantes do agro para que tenhamos um alinhamento desse discurso dentro e fora do Brasil, só assim venceremos essa guerra de narrativas.”

Em seguida aos painéis, na parte da tarde, foram anunciados os vencedores do PRÊMIO LIDE AGRONEGÓCIOS 2019, distribuídos em seis categorias. Os premiados foram: na categoria Alimentos e Bebidas, a Coplana – Cooperativa Agroindustrial e Sococo; Em Entidades de Representação, a ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal, OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras e SRB – Sociedade Rural Brasileira; Insumos, Santa Clara Agrociência, Netafim e Longping High-Tech; Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Embrapa Pecuária Sudeste – Programa Balde Cheio, Centro de Cana IAC e UNESP Botucatu; Sustentabilidade, Socicana, Inpev, Grupo Balbo/ Native; e Tecnologia no Agro, Bevap, TMA e TGM.

No encerramento, houve uma homenagem especial entregue a Aldo Rebelo, relator do Novo Código Florestal, por sua trajetória e atuação em prol do setor ao longo dos anos.

Sobre o LIDE

O LIDE – Grupo de Líderes Empresariais é uma organização de caráter privado, que reúne empresários em diversos países. O LIDE debate o fortalecimento da livre iniciativa do desenvolvimento econômico e social, assim como a defesa dos princípios éticos de governança corporativa no setor público e privado. Fundado no Brasil, em 2003, o LIDE é formado por líderes empresariais de corporações nacionais e internacionais, que se preocupam em sensibilizar o empresariado brasileiro para a importância de seu papel na construção de uma sociedade ética, desenvolvida e consciente. Atualmente, o Grupo conta com unidades regionais, internacionais e setoriais, totalizando 25 frentes de atuação.

Fonte: Outras Palavras Comunicação Empresarial

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