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novembro 25, 2024
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Clima adverso reduz previsão para safra de café em 6,8%

Conab estima uma produção de 54,79 milhões de sacas na temporada 2023/24

Com 96% da área do café já colhida no final de agosto, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu em 6,8% sua estimativa para a safra de 2023/24, para 54,79 milhões de sacas. Se comparada à temporada anterior, a colheita nacional deve cair 0,5%.

Conforme a autarquia, o clima exerceu influência negativa entre o segundo levantamento, divulgado em maio, e o terceiro. “O início da atual safra indicava um novo crescimento na colheita, considerando a situação das lavouras na época e o ciclo de alta bienalidade. No entanto, as condições climáticas adversas, como: estiagens, chuvas esparsas e mal distribuídas, juntamente com altas temperaturas durante as fases de desenvolvimento dos frutos, reduziram as produtividades previstas inicialmente”, diz o relatório divulgado.

A produtividade média nacional de café foi estimada em 28,8 sacas por hectare, 1,9% abaixo da obtida na safra de 2022/23.

Arábica

Para o arábica, a estimativa aponta para uma produção de 39,59 milhões de sacas, o que ainda representa um crescimento de 1,7% em relação à temporada anterior.

Apenas Minas Gerais, principal produtor de café no Brasil, será responsável pela colheita de 27,69 milhões de sacas desta espécie, redução de 3,4% em comparação ao total colhido na safra anterior. “Essa redução se deve às estiagens, acompanhadas por altas temperaturas durante o ciclo reprodutivo das lavouras e agravadas a partir de abril, quando as chuvas praticamente cessaram em todo o estado, com registros de precipitações pontuais e de baixos volumes”, diz o relatório.

Em São Paulo, o clima também afetou o desempenho das lavouras. Ainda assim, é esperado um crescimento de 8,2% em comparação ao resultado obtido em 2023, podendo chegar a uma produção de 5,44 milhões de sacas neste ano. Cenário semelhante é verificado nas regiões produtoras de arábica no Espírito Santo, Rio de Janeiro e na área do cerrado baiano, onde o incremento projetado deverá ser menor que o inicialmente estimado.

Conilon

Já para o conilon, é esperada uma queda de 6% na produção, estimada em 15,2 milhões de sacas. No Espírito Santo, principal produtor da espécie do país, a safra está estimada em 9,97 milhões de sacas, redução de 1,9%. Já em Rondônia e na região do atlântico baiano, a colheita deve registrar uma queda expressiva de 16,4% e 13,3% respectivamente.

Na Bahia, essa diminuição é explicada principalmente pela menor produtividade registrada. Já em Rondônia, a queda é justificada pela menor área cultivada, reflexo de ajustes realizados em virtude de novas e mais precisas informações coletadas, com um projeto de mapeamento das áreas em curso, afirma a Conab.

Área

O documento também mostra que a área total destinada à cafeicultura no país em 2023/24, para arábica e conilon, totalizou 2,25 milhões de hectares, sendo com 1,9 milhão de hectares em produção, com crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior, e 345,16 mil hectares em formação, com redução de 4,5%.

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