Mercado trabalhou com base nos gráficos, com o direcionamento acompanhando os fatores macroeconômicos
Os contratos futuros do café devolveram boa parte dos ganhos acumulados até a sexta-feira passada e fecharam em queda nesta semana, voltando a ficar abaixo de US$ 1 por libra-peso.
Analistas dizem que o mercado vem trabalhando com base em fatores gráficos, com o direcionamento acompanhando os fatores macroeconômicos. Contudo, os agentes seguem de olho no clima no Brasil, diante da abertura de floradas e a continuidade do calor e da seca.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro do contrato “C” declinou 440 pontos até o fechamento de ontem, encerrando a sessão a US$ 0,9835 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento novembro do café robusta fechou a quinta-feira a US$ 1.300 por tonelada, com perdas semanais de US$ 18.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia menciona que a tendência é de temperaturas mais baixas na faixa leste de São Paulo, enquanto as outras áreas do Estado permanecem com temperaturas em elevação. O serviço informa ainda que a chuva das áreas litorâneas perde intensidade no decorrer da semana.
Para os cafezais, o cenário preocupa, haja vista que a necessidade é de chuvas generalizadas nas áreas produtoras para que vinguem as floradas que surgirem.
No câmbio, o dólar comercial avançou 1,9% na semana ante o real, puxado pela tensão geopolítica ocasionada pelos ataques a instalações petrolíferas na Arábia Saudita. Ao término da sessão de ontem, a divisa foi cotada a R$ 4,1642.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a liquidez seguiu baixa no mercado brasileiro, sendo registrados alguns poucos negócios com café robusta na semana. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon situaram-se em R$ 429,95/saca e R$ 288,97/saca, com variações de -1,9 e 0,4%.
Fonte: CNC